O medicamento Trastuzumabe Entansina, utilizado no tratamento do câncer de mama, agora está incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última segunda-feira (12).
O remédio é indicado em monoterapia, método em que o processo de tratamento é realizado utilizando apenas uma droga ou procedimento. Ele é usado para tratamento de pacientes classificados no nível HER2-positivo da doença.
“A tecnologia recebeu recomendação favorável de incorporação ao SUS após passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), responsável por assessorar a pasta nas atribuições relativas à incorporação, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde pelo SUS”, informou o Ministério da Saúde em nota.
Problema global
A pasta reforça que o câncer de mama é um problema mundial de saúde pública e se destaca por ser o tipo de câncer que mais atinge mulheres, tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento, apresentando altas taxas de ocorrência e de mortalidade.
Segundo o MS, a incidência da doença tem aumentado de forma expressiva em países da Ásia, África e América do Sul em decorrência do envelhecimento da população.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018, 627 mil mulheres morreram de câncer de mama em todo o mundo. No Brasil, o número total de novos diagnósticos ao ano chega a 60 mil, resultando em uma taxa de incidência de 60/100 mil habitantes.
Em 2017, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) reportou 16.724 mortes em mulheres devido ao CM. No ano de 2018, o Brasil foi o quarto país com a maior incidência em câncer de mama e o quinto em mortalidade. Estima-se que a incidência entre as brasileiras nos próximos 20 anos terá um aumento de 47%.