Menina de 4 anos já leu mais de 100 livros e integra ‘clube’ de superdotados

Atualmente, Minas Gerais tem 12 pessoas, de até 17 anos, na lista da Mensa.

Com quatro meses, Nina Christo Bianchetti  já entregava livros aos pais para que eles pudessem ler para ela. Com 1 ano e 10 meses, a pequena começou a ler. Aos 2 anos, ela já estava completamente alfabetizada. E, agora, aos 4 anos, a criança passou a fazer parte da Mensa International, que é uma espécie de “clube” para pessoas com alto QI. 

Moradora de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a criança é a mais nova de Minas Gerais a constar na lista. Há cerca de um mês, a família resolveu enviar à Mensa avaliações e testes feitos pela neuropsicóloga de Nina.

“Resolvemos mandar visando ela participar de eventos e atividades em outros países também. A Nina sempre antecipou muito os marcos de desenvolvimento. Ela entrou na escola em maio deste ano no ‘Maternal 3’, mas não dissemos nada sobre as habilidades dela. Em julho, a escola nos chamou para uma reunião falando que tinha feito alguns testes. As crianças da turma da Nina estão aprendendo o alfabeto, e o nível de leitura dela é de criança do segundo ano”, explicou a mãe, Carolina Christo.

Com 3 anos, a menina já tinha lido cem livros. Atualmente, os principais interesses dela são inglês e matemática. Segundo a mãe, ela vai começar a fazer horários de turmas mais avançadas na escola.

“Ela demanda muito da gente. No meu escritório montei uma escolinha para ela com raciocínio lógico, cadernos com atividades e ela também está usando uma plataforma de matemática, é a diversão dela. Fiquei super feliz em saber que ela conseguiu e talvez possa ajudar no futuro”, afirmou.

Já como membro da Mensa, Nina deve participar dos próximos eventos: um clube de xadrez e um treinamento olímpico de conhecimento de matemática.

Minas Gerais tem 12 menores de idade no Mensa

Doze crianças e adolescentes, entre 4 e 17 anos, que moram em Minas Gerais, estão na lista da Mensa.

A associação não tem fins lucrativos, começou há 76 anos na Inglaterra e, em junho, completou 20 anos no Brasil. A organização atua em cerca de cem países. 

“A Mensa tem três objetivos: identificar pessoas com QI alto, contribuir em pesquisas científicas sobre QI e oferecer aos seus membros um ambiente estimulante. No Brasil são 174 menores com idades entre 3 e 17 anos”, explicou Carlos Eduardo Fonseca, vice-presidente da Mensa Brasil. 

No país, o teste antes era feito a partir dos 17 anos, mas, em maio deste ano, começou para crianças a partir de 2 anos e meio. Para ser aprovado, é necessário o percentil mínimo de 98 em relação aos indivíduos com a mesma idade.

“Tomamos todos os cuidados, no final das contas, são crianças. E elas ainda têm algo a desenvolver. Também oferecemos orientações aos pais”, contou Carlos Eduardo.

Veja em quais cidades de Minas Gerais estão as crianças e adolescentes de alto QI:

• Belo Horizonte: uma pessoa de 16 anos e duas crianças de 8 e 6 anos
• Nova Lima: Nina, com 4 anos
• Pedro Leopoldo: Uma criança de 9 anos
• Itanhandu
• Alfenas
• Ipatinga
• Divinópolis
• Ubá
• Uberlândia

Para informações sobre testes de admissão na Mensa clique aqui.

“Em vez de escrever ‘Mia Christo Bianchetti’, escrevi ‘Nina Christo Bianchetti’. Aí quando a moça veio com a certidão, disse, ‘confere pra mim direitinho, ‘Nina Christo Bianchetti’. Aí eu, ‘Não! É Mia! ‘Eu escrevi Nina’?”, contou Armando na época. Ele conseguiu reverter a situação no cartório.

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