O Ministério da Saúde ampliou a testagem de varíola dos macacos para todos os laboratórios centrais de Saúde Pública (Lacens) do Brasil. Em Minas, o centro de testagens fica localizado no Instituto Octávio Magalhães, da Fundação Ezequiel Dias, na região Oeste de Belo Horizonte.
Os kits para os diagnósticos, produzidos pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), foram entregues na semana passada. Antes da ampliação, os exames já eram realizados em 15 laboratórios designados pelo governo federal.
Agora, os testes poderão ser feitos em 31 laboratórios de referência, sendo os 27 Lacens dos estados, além dos laboratórios da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), da Fiocruz no Rio de Janeiro, da Fiocruz no Amazonas e do Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém, no Pará.
Em Belo Horizonte, até o momento, foram confirmados 106 casos de varíola dos macacos, em homens com idade entre 22 e 61 anos. Um óbito também foi registrado na capital, segundo o boletim mais recente da Secretaria Municipal de Saúde.
Como funciona o teste?
No início de setembro, o Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o Brasil.
A partir disso, todos os resultados de testes diagnósticos para detecção da monkeypox feitos por laboratórios das redes pública, privada, universitárias e quaisquer outros, sejam positivos, negativos ou inconclusivos, precisam ser notificados ao Ministério da Saúde de forma imediata, em até 24 horas.
O teste é capaz de detectar o material genético do vírus na amostra colhida de cada indivíduo. Para isso, ela deve ser coletada, preferencialmente, a partir da secreção das lesões que aparecem pelo corpo. Quando estas já estão secas, as crostas podem ser retiradas e encaminhadas ao laboratório.
Quem testou positivo deve cumprir isolamento até desaparecimento das feridas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste. Para os pacientes graves, o Ministério da Saúde disponibiliza 12 tratamentos e segue em tratativas para aquisições de outros antivirais.