Juliana Vieira, de 21 anos, foi hospitalizada e entrou em coma. Nesta terça, jovem abandonou quadro, mas segue com dificuldade de comunicação
O caso da estudante de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Juliana Vieira, de 21 anos, que foi encontrada em estado grave no campus Pampulha da instituição, na quinta-feira (14) passada, se apresenta como um grande mistério. Muitas dúvidas ainda estão no ar, mas já há questões encaminhadas para solução.
– O que ocorreu?
Conforme relato de familiares e amigos, a estudante estava perto da universidade, por volta de 21h40, quando se afastou dos amigos para tomar água. Pouco tempo depois, por volta de 22h05, ela foi vista por uma outra aluna que logo percebeu que ela não estava bem e a ajudou. O caso se tornou conhecido após uma postagem nas redes sociais, feita no último domingo (17).
– O que essa aluna disse sobre Juliana?
“A pessoa viu que ela estava passando mal, perguntou o que ela estava sentindo, mas a Juliana já não conseguia falar, explicar o que sentia ou se alguém a tinha abordado”, contou a madrasta da estudante, Cristiane Rodrigues.
– Como Juliana estava quando foi encontrada?
A pessoa que encontrou Juliana afirmou que a jovem começou a ter convulsões, caiu e não se levantou mais. Segundo a madrasta da estudante, uma testemunha contou ter visto um grupo carregar uma “moça pequena”, com vestes pretas, antes de ela receber auxílio.
– Ela foi atendida em hospital?
Sim. A jovem foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levada para o Hospital João XXIII, no bairro Santa Efigênia, na região Leste de BH. Em seguida, porém, foi transferida para o Hospital Vila da Serra, em Nova Lima, na região metropolitana da capital.
– Qual é o quadro de saúde da estudante?
Juliana foi internada na quinta-feira (14) e entrou em coma. Nesta terça-feira (19), a jovem saiu do coma, mas está com dificuldade de comunicação. Ela apenas responde “sim” e “não” para algumas questões.
– Qual é o diagnóstico de Juliana?
Até o momento não foi fechado um diagnóstico. Nesta terça, a família afirmou que “ela respondeu bem a todos os testes até o momento e está realizando vários exames para poder ajudar com o diagnóstico efetivo do que houve com ela na noite da quinta-feira”, disse o texto.
– Juliana pode ter bebido água “batizada” (ou seja, com drogas)?
De acordo com a madrasta da estudante, Cristiane Rodrigues, exames descartaram a presença de drogas no corpo dela e detectaram baixo teor de álcool.
– O caso é investigado?
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) afirmou que apura o caso. A UFMG declarou que colocou-se “à disposição da família, prestando-lhe as informações e oferecendo o apoio necessário”. A instituição também disponibilizou as imagens de câmeras do sistema de vigilância para a família da estudante.
– O que mostram as imagens?
Na noite desta terça-feira, a família informou que o vídeo mostra que a jovem “atravessou a avenida Antonio Carlos sozinha, chegou à portaria bem consciente, apresentou seu documento de identificação para entrar na sede da universidade”. Em seguida, ela “caminhou tranquilamente até próximo ao prédio da Fafich (Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas), e somente aí, demonstra de fato sentir algo”.
– Algum aluno que tenha presenciado algo pode ajudar?
Sim. A família de Juliana disponibilizou dois números de telefone caso alguém tenha alguma informação a respeito do que aconteceu. Basta entrar em contato com a Cristiane (madrasta) (31) 99689-2268 ou com Ronan (pai) (31) 99976-6744.
*Fonte: O Tempo