Uma mulher de 37 anos foi presa preventivamente na terça-feira (7), em Belo Horizonte. Ela é suspeita de liderar uma organização criminosa especializada em aplicar o golpe do falso emprego que enganava jovens que baixa renda.
A Polícia Civil estima que, desde novembro do último ano, pelo menos 14 pessoas foram vítimas do grupo. O número ainda pode ser maior, já que os suspeitos aplicavam golpes em todo estado.
O golpe funcionava assim: a organização atraia e ludibriava jovens, sobretudo com baixa escolaridade e de famílias humildes, em idade para ingressar no mercado de trabalho, prometendo a eles empregos em lojas renomadas. No entanto, para serem contratados, os investigados diziam que eles precisariam pagar custos de valores referentes a cursos que seriam exigências da empresa contratante.
“Atraídas pelo sonho de dar um futuro melhor para seus filhos adolescentes, afastando-os inclusive do meio criminoso, as famílias contraíam dívidas, sendo que algumas delas recebiam carnês para pagamentos dos cursos durante 24 meses, em prestações mensais, além de pagar taxa prévia de matrículas”, divulgou a PCMG.
A delegada responsável pelo inquérito policial, Marina Cardoso, explica que os valores dos cursos e das taxas de matrículas variavam de acordo com o poder aquisitivo da família.
“A estratégia da empresa era procurar fechar o negócio em qualquer situação, mediante a oferta de descontos imperdíveis, sendo que muitas vezes era relatado para as vítimas que o desconto fictício era o último desconto que restou e que teria que ser aproveitado pela vítima naquele momento com o ardil de conseguir fechar o negócio fraudulento”, afirma.
Um celular foi apreendido durante a ação policial e seguirá para análise pericial. As investigações seguem em andamento.
*Informações Portal BHAZ.