“É de se esperar que as hospitalizações aumentem se mais pessoas se infectarem”, afirmou Tedros Adhanom, diretor da OMS sobre a variante
Do portal Metrópoles – Em coletiva realizada nesta quarta-feira (8/12), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a variante Ômicron já foi identificada em 57 países em todo o mundo.
A expetativa, segundo alertou a agência de saúde, é de que o número de pacientes que precisarão de internação hospitalar aumente com a disseminação da nova variante do coronavírus. “Mesmo que a gravidade seja igual, ou possivelmente até menor, que a da variante Delta, é de se esperar que as hospitalizações aumentem se mais pessoas se infectarem e que ocorra um lapso de tempo entre um aumento na incidência de casos e um aumento na incidência de mortes”, afirmou Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
Dados coletados na África do Sul sugerem que o risco de infecção pela Ômicron é maior, mas Adhanom afirmou que as informações ainda não estão completas. “Há evidências de que a Ômicron cause uma doença mais amena que a Delta, mas, de novo, ainda é muito cedo para definir”, disse.
No dia 26 de novembro, a OMS declarou a Ômicron, detectada com maior incidência no sul da África, como uma “variante preocupante”. Esta é a quinta variante do Sars-CoV-2 a receber essa designação.
A organização também ressaltou a preocupação com relação à variante e às baixas taxas de vacinação. “Análises preliminares indicam que as mutações presentes na variante Ômicron podem diminuir a atividade neutralizadora de anticorpos, resultando em uma proteção reduzida da imunidade natural”, informou a OMS sobre o risco de infecção.
Até o momento, são seis os pacientes com infecção confirmada pela Ômicron no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, nenhum apresentou sintomas graves da doença e todos estariam cumprindo isolamento social. Outros nove casos ainda estão sob investigação.