De acordo com dados publicados pela Prefeitura de Poços de Caldas, 88,4% dos pacientes que faleceram de Covid-19 na cidade no ano de 2022 possuíam comorbidades. O levantamento foi feito pela secretaria de Comunicação junto ao setor de Vigilância Epidemiológica da secretaria de Saúde, em razão do aumento do número de casos confirmados de Covid-19 em Poços.
Do início do ano até quarta-feira, 10 de fevereiro, foram confirmados 7.962 novos casos de Covid-19 na cidade, algo também registrado no restante do Brasil e no mundo. Junto ao aumento de casos, veio também uma crescente nos óbitos em decorrência da doença. Em janeiro foram registrados 14 óbitos, e nos dez primeiros dias de fevereiro foram 12, totalizando 26 mortes de pacientes residentes em Poços.
Dentro do aspecto da faixa etária no ano de 2022, 46,3% dos óbitos são de idosos com mais de 80 anos; pessoas de 60 a 79 anos, 42,3%; de 40 a 59 anos 7,6% e de 20 a 39 anos de idade, 3,8%. Nenhuma pessoa até 19 anos faleceu neste ano. Entre os gêneros, a maior incidência de mortes é para homens, o que corresponde a 84,7%, enquanto mulheres 15,3%.
No levantamento, também foi feita a relação ao esquema vacinal das pessoas que faleceram. Do total, 65,5% estavam com as 1ª e 2ª doses da vacina, 7,6% não tinham se vacinado e 26,9% estavam com o esquema vacinal completo.
Os dados concluem que o acometimento grave está relacionado principalmente a pessoas idosas e que tinham alguma doença pré-existente. Também é ressaltada a importância de completar o esquema vacinal com 1ª, 2ª dose e a 3ª dose de reforço, para que as pessoas contaminadas possam atravessar a doença de forma mais leve e sem agravamentos. Os números comprovam que muito embora inúmeras pessoas testaram positivo para Covid-19, não precisaram de internação em leitos de UTI.
O secretário de Saúde, Carlos Mosconi analisa os dados. “Nesse momento da pandemia o que fica evidente é que ela não acabou, e continua ativa. Felizmente aconteceram mudanças em relação a sua incidência, com o número menor de óbitos. O acometimento tem sido principalmente em pacientes com comorbidade, como se vê na estatística e sempre com percentual mais elevado em pacientes idosos. Verifica-se que esses casos ocorrem em pacientes acima de 60 anos e um número maior de casos naqueles que não receberam a dose de reforço, esta avaliação mostra portanto, que a vacinação deve ser feita e deve sempre ser completa, não podendo haver dispensa da dose de reforço.”
Fonte: Prefeitura de Poços de Caldas