Categoria pressiona o governador Romeu Zema (Novo) para atender a reivindicação recomposição salarial de 24%
Todas as forças de segurança no estado de Minas Gerais deram início nesta terça-feira, 22, à “Operação Tartaruga”, deliberação tomada pela categoria durante assembleia em Belo Horizonte, capital do Estado. Não diferente, em Poços de Caldas, município do Sul de Minas, já são sentidos os reflexos dessa mobilização que não paralisa as atividades, mas, implica em diminuição do tempo de respostas às ocorrências. A alegação é de que são acumuladas perdas da ordem de 40% e é solicitada a recomposição salarial de 24%.
Cartazes afixados nas fachadas das unidades informam a população sobre a paralisação e diminuição do atendimento que não tem data para retornar à normalidade.
Essa decisão afeta todos os setores da segurança pública como, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Polícia Militar Rodoviária, Polícia Penal, dentre os demais segmentos.
Conforme deliberação da cúpula do movimento, serão mantidos 30% dos policiais para garantir atendimento mínimo nas unidades e a orientação é para que policiais militares e bombeiros se mantenham em seus quartéis.
Vale observar que, pela Constituição Federal, os policiais e bombeiros militares não podem fazer greve, já os policiais civis tem impedimento para fazer greve desde 2017, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por essa vedação.
O movimento paredista assegura que as categorias serão orientadas individualmente sobre como a paralisação acontecerá. “Há uma ala que defende a manutenção desses servidores dentro das unidades administrativas, como, em quartéis e delegacias.”
Também é rechaçada a alegação do governo Zema, que condiciona a recomposição salarial ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) assumido com o governo federal. Com isso, qualquer negociação com o Estado só deve acontecer se o governador e secretários acenarem um caminho diferente. “O RRF, defendido pelo governo para dar o reajuste, é visto pelos servidores como um retrocesso para a carreira pública”, salientam.