Água barrenta. É desta forma que moradores de vários bairros da zona Sul de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, descrevem a qualidade da água fornecida pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), autarquia da Administração Municipal.
Por questões de proteção aos consumidores/clientes do DMAE não vamos identifica-los pelo nome, apenas pelo bairro que residem.
De acordo com a moradora do Parque Esperança, “é um absurdo essa qualidade da água, não dá para fazer nada, não serve para cozinhar, estou comprando água mineral para preparar os alimentos. Não dá para lavar roupas. Isso é um descaso”, conta acrescentando que sua filha, também moradora no Parque Esperança, não percebeu a má qualidade da água e colocou roupas de cama, toalhas e pijamas da filha pequena para lavar. “Ficou um terror. Agora ela está esperando a qualidade da água melhorar para colocar as roupas de molho e ver se recupera. Quem vai pagar por esse prejuízo se ela não conseguir limpar essas roupas”, questiona.
Uma moradora do Jardim Kennedy II chegou a enviar foto da água marrom dentro de sua máquina de lavar afirmando que é uma questão recorrente. “É inacreditável ver essa situação. Essa não é a primeira vez que isso acontece. Direto a gente tem essa péssima qualidade, mas, a conta não deixa de chegar”, reclama.
“A água estava amarelada desde domingo (23), quando faltou e voltou à tarde, Hoje está um pouco mais límpida, mas não dá para confiar”, relata a moradora do Jardim Paraíso salientando não ser possível tomar água direto da torneira, “é preciso filtrar”.
Apesar de estar distante dos bairros da zona Sul, uma moradora do Jardim Quissisana, região Centro-Sul de Poços de Caldas, relata que há corte no fornecimento quase toda noite e quando volta tem forte odor. “Uma vergonha, pois, está chovendo e Poços de Caldas é uma cidade que, se cavar 50 cm, sai água. Pagamos caro por água. Mais fácil tomar banho com água da chuva. Caso inaceitável”, desabafa.
São muitos os relatos que chegaram à reportagem do “Alô Poços” e de vários bairros, além dos já citados, Tiradentes, Jardim Kennedy I, São Bento, Residencial Paineiras, entre outros. A reportagem entrou em contato com o assessor de Imprensa do DMAE, jornalista William de Oliveira, que explicou o que ocorreu e que o departamento está fazendo todo o possível para minimizar os impactos, além de se prontificar a enviar profissionais para a limpeza das caixas d’água.