Hospital divulgou nota afirmando que está acompanhando e prestando todo o auxílio necessário à paciente e sua família
Uma mulher de 38 anos denuncia ter sido estuprada na noite dessa segunda-feira (8), no Hospital Mater Dei, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ela relata ter encontrado vestígios de esperma no próprio corpo e nas roupas, horas após uma cirurgia. O hospital afirma que está “prestando todo o auxílio necessário à paciente” e a Polícia Civil investiga o caso (veja detalhes abaixo).
Segundo o registro policial, a vítima fez o procedimento no período da tarde. Chegando ao quarto da unidade de saúde, à noite, notou um líquido similar a esperma na hora de urinar.
O marido da paciente, que também percebeu a substância, disse à corporação que o sêmen ficou contido na comadre – espécie de urinol usado em hospitais.
À PM, a mulher disse que foi levada para a sala de cirurgia por uma enfermeira e não sabe dizer se ela permaneceu no ambiente. Após acordar da sedação, na sala de recuperação, ela identificou outras pessoas, mas não viu o cirurgião.
Por estar apresentando enjoos depois de receber a anestesia, a paciente continuou se recuperando antes de subir para o quarto.
O que diz o hospital?
Na versão de uma enfermeira, o marido da vítima perguntou se ela poderia caminhar até o banheiro para urinar, já por volta das 18h45. Cerca de cinco minutos depois, o homem chegou “desesperado” na enfermagem, gritando que a esposa havia sido estuprada.
Em nota, o Hospital Mater Dei afirma que está acompanhando e “prestando todo o auxílio necessário à paciente e sua família e aguardando os resultados da perícia”. Além disso, permanece à disposição das autoridades para ajudar na apuração dos fatos.
O casal relatou a descoberta do líquido e, segundo conta, a equipe de enfermeiros não coletou o material ou acionou um ginecologista.
De acordo com a vítima, seu shorts estava furado e com esperma. Ela disse à PM que não apresentava secreções vaginais antes da cirurgia e que a última relação sexual ocorreu na quarta-feira (3).
Após ouvir a denúncia, a enfermeira acionou a supervisão do Mater Dei. A unidade hospitalar explicou que os pacientes nunca ficam sozinhos e que, depois da cirurgia, a paciente foi levada para a sala de recuperação.
Em contato com os militares, o cirurgião afirma que o procedimento correu “conforme planejado”, na presença de toda a equipe.
Em nota ao BHAZ (leia abaixo na íntegra), a Polícia Civil informa que a perícia foi acionada e coletou o material. A investigação corre sob a responsabilidade da Delegacia Especializada de Investigação a Crimes Sexuais de Belo Horizonte.
Nota do Mater Dei na íntegra
“Informamos que, ao tomarem conhecimento da denúncia, a vice-presidente assistencial, o diretor de operações e a gerente geral imediatamente se deslocaram ao Hospital e receberam as Polícias Civil e Militar e a equipe de perícia, tendo sido tomadas todas as providências competentes.
Estamos acompanhando e prestando todo o auxílio necessário à paciente e sua família e aguardando os resultados da perícia.
A Rede Mater Dei tem 42 anos de existência e sua marca é a transparência e a ética. Continuaremos à disposição tanto da família quanto das autoridades competentes para que o caso seja apurado minuciosamente.”
Nota da Polícia Civil na íntegra
“Sobre suposto estupro em Hospital de BH: A Polícia Civil de Minas Gerais informa que a perícia foi acionada e procedeu com a coleta de material. A investigação está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada de Investigação a Crimes Sexuais de Belo Horizonte. Detalhes da investigação são sigilosos por se tratar de suposto crime contra dignidade sexual.”
*informações BHAZ