A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 1º, mandado de prisão preventiva contra um homem, de 51 anos, suspeito de estuprar, ao menos, seis crianças e adolescentes em Sete Lagoas, região Central do estado. O investigado, que atuava como animador de festas infantis e produtor de vídeos, foi localizado no bairro Interlagos.
A equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), responsável pelas investigações, efetuou também o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Foram recolhidos notebooks, celular e outras mídias que passarão por perícia no sentido de identificar outras prováveis vítimas dos crimes.
“Quando representamos ao Judiciário pelo mandado de busca e apreensão, tínhamos a expectativa de recolher uma arma de fogo que as vítimas e testemunhas confirmaram terem visto o suspeito portando para intimidá-las e coagi-las, mas acabamos nos deparando com um vasto material de mídia que será analisado para constatar outros possíveis crimes”, revela a delegada Stephania Nunes Valgas, titular da Deam em Sete Lagoas.
Ainda de acordo com a delegada, o caso vem sendo investigado com prioridade pela Polícia Civil há algum tempo, desde quando uma das vítimas denunciou os abusos aos pais pela primeira vez. “Desde então, mais vítimas foram sendo identificadas e acreditamos poder haver outras que, com essa divulgação, possam nos procurar para que a PCMG adote, o mais rápido possível, todas as medidas cabíveis”, explica, ressaltando que vítimas ou familiares podem procurar diretamente a Deam (localizada na Rua Jovelino Lanza, 1.316) ou realizar a denúncia por meio dos disques 100, 197 ou 181.
Aliciamento
As investigações revelaram que o suspeito se valia da condição de proximidade dos familiares e das vítimas pela profissão e, a partir dessa relação, aliciava os menores para que o acompanhasse até a casa dele, onde os atos libidinosos eram cometidos.
A Polícia Civil apurou que os crimes eram constantes e regulares. “Em alguns casos, conseguimos identificar vítimas que hoje já são maiores de idade e que relataram terem sido molestadas há muito tempo”, afirma Stephania.
O inquérito policial já foi concluído e remetido à Justiça. O investigado, que permanece no sistema prisional, responderá pelo crime de estupro de vulnerável, com pena prevista de oito a 15 anos de reclusão.