Ex-servidora já respondeu por Processo Administrativo Disciplinar e foi demitida por justa causa ao assumir desvios
Em maio deste ano foi concluída a sindicância que apurava as responsabilidades sobre os desvios superiores a R$3,5 milhões, ocorridos entre 2016 e 2021, das contas do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, provocados por uma servidora que respondeu a Processo Administrativo Disciplinar dentro da sindicância e acabou sendo demitida por justa causa.
Paralelamente à sindicância no Poder Público, inquérito foi aberto pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e segue em andamento.
A reportagem do Alô Poços procurou a PCMG para saber como está o andamento do inquérito que visa apontar responsabilidade da ex-servidora A.A.T.S. e se havia sido encaminhado para o Ministério Público. “A Polícia Civil informa que o Inquérito Policial encontra-se em tramitação com diversas diligências em andamento. Outras informações serão repassadas apenas com a conclusão do procedimento investigativo para não comprometer o andamento do feito”, assinalou.
O diretor-presidente do DMAE, Paulo César Silva [Paulinho Couro Minas], também foi procurado pela reportagem do Alô Poços e afirmou que, desde o momento em que se tomou ciência dos desvios, foi feito tudo que competia à autarquia, como o acionamento da Polícia Militar para registro de Boletim de Ocorrência e afastamento da ex-servidora das suas atividades dentro do DMAE.
Couro Minas reforça a conclusão da sindicância, na qual a ex-servidora respondeu a Processo Administrativo Disciplinar e, desde o primeiro momento, foi ré confessa, admitindo o desvio do erário municipal, bem como a conclusão da auditoria nas contas do DMAE, quando se confirmou os desvios desde 2016 até o ano passado. “A auditoria foi concluída e foi encaminhado o relatório geral para o Ministério Público e para a Polícia e fui na Câmara apresentar também. No aspecto disciplinar, ela foi mandada embora, lógico, e entramos com uma ação de ressarcimento. A parte do DMAE já foi tudo feito, agora está com a Polícia [Civil, o inquérito] e com a Justiça”, salientou.