A polícia espanhola anunciou, nesta terça-feira (23), que prendeu sete homens suspeitos de ataques de ódio contra o jogador Vini Jr. Quatro deles teriam pendurado o boneco “enforcado” do jogador em uma ponte. Já os outros três são suspeitos de proferir comentários racistas contra Vini nesse domingo (21), no jogo contra o Valencia.
O primeiro caso foi registrado em janeiro, quando o manequim inflável apareceu pendurado antes do clássico entre Atlético e Real Madrid. As investigações se deram por meio de vestígios, testemunhas e consultas a fontes, o que permitiu identificá-los.
A polícia constatou que três dos suspeitos pertenciam a um grupo de torcedores radicais do Atlético de Madrid.
Além disso, a Polícia Federal deteve três suspeitos pelo ataque racista contra Vini Jr., registrados em disputa com o Valencia nesse fim de semana, quando o jogador foi atacado por torcedores e acabou expulso da partida. Segundo as autoridades, a investigação contou com a colaboração do clube e continua aberta.
Dois dos suspeitos do crime de ódio foram presos em Valência, enquanto o outro foi detido em uma cidade próxima.
Crimes de ódio contra Vini Jr.
O episódio de domingo não foi a primeira vez em que o jogador Vini Jr. sofreu ataques de ódio na Europa. Em janeiro, um boneco que vestia a camisa do atleta foi pendurado e “enforcado” em uma ponte na capital espanhola, antes do clássico entre Atlético e Real Madrid.
Acima do manequim, o grupo também estendeu uma faixa com os dizeres “Madrid odeia o Real”, lema da torcida.
Vini Jr. é vítima de constantes ataques racistas por parte da torcida rival e até por parte da imprensa espanhola. Em setembro do ano passado, depois de ser ofendido no programa “Chiringuito Show”, o jogador brasileiro se manifestou.
“Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto, brasileiro, vitorioso na Europa, incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, meu sorriso, meu brilho nos olhos são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo em uma só declaração. Mas nada disso começou ontem”, declarou.
Real Madrid denuncia ataque racista
O último ataque ao jogador foi registrado nesse fim de semana, durante uma partida contra o Valencia. Torcedores rivais o chamaram de “macaco” e o atacante chegou a ser expulso após ser agredido por um jogador adversário.
“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi, hoje é dos racistas”, criticou.
Em nota de repúdio sobre o caso, o Real Madrid informou que “considera que tais ataques também constituem um crime de ódio”. Desse modo, apresentou uma denúncia sobre o caso à Procuradoria-Geral do estado para dar início a investigações.
*Informações Portal BHAZ.