Policiais civis de Realengo, no Rio de Janeiro, prenderam uma mulher de 49 anos suspeita de envenenar dois enteados. Ela foi detida nessa sexta-feira (20), na zona Oeste da cidade, por meio de um mandado de prisão temporário por homicídio. A enteada mais velha dela, 22, chegou a ficar internada e não resistiu.
De acordo com as investigações, em março deste ano, Cíntia Mariano Dias Cabral teria envenenado a enteada de 22 anos. A jovem ficou internada por 10 dias em um hospital. Dois meses depois, o irmão da jovem que morreu apresentou sintomas semelhantes aos dela. O adolescente de 16 anos segue internado.
Por meio de depoimentos colhidos, em especial os prestados pelos filhos biológicos da suspeita, as autoridades constataram quadro de intoxicação exógena, ou seja, por substância externa. Os filhos da mulher disseram ter ouvido ela confessar que colocou veneno na comida dos dois enteados. Assim, os agentes concluíram que Cíntia pode ter provocado a morte da enteada mais velha, bem como teria tentado matar o mais novo.
Envenenamento
As suspeitas de que Cíntia pode ter envolvimento com a morte da enteada mais velha e com a intoxicação do mais novo surgiram em 15 de maio. Na ocasião, o adolescente foi almoçar junto do pai e da madrasta. Na volta, começou a sentir falta de ar, sudorese, além de visão turva e língua enrolando. Ele foi internado e não corre risco de morrer.
Depois do episódio, a mãe do adolescente e da irmã que morreu procurou a Polícia Civil por suspeitar do envenenamento dos dois. A mãe dos dois contou que o filho reclamou do gosto do feijão, que estaria amargo e com pedrinhas azuis. Segundo o rapaz teria relatado, a madrasta pegou o prato dele e serviu mais feijão.
Mais mortes investigadas e tentativa de suicídio
Logo que receberam a denúncia, policiais civis foram até a casa de Cíntia, na quinta-feira (19), e recolheram o feijão para análise. A mulher, segundo as autoridades, tentou tirar a própria vida ao descobrir que é investigada. Ela foi levada para um hospital e se recuperou, sendo levada para prestar depoimento na quinta-feira (19), mesma data em que acabou presa.
Ainda de acordo com a Polícia Civil do Rio, outras duas mortes, além da enteada, são investigadas: sendo a primeira do ex-marido de Cíntia e a segunda de uma vizinha dela. Os dois morreram de forma repentina e, até então, as causas das mortes não foram esclarecidas.
Cíntia já conta com advogado constituído, mas o defensor só irá se manifestar após analisar os autos e suspeitas contra a cliente.
*informações BHAZ