A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) iniciou nesta semana a soltura de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, técnica utilizada para reduzir a transmissão de dengue, zika e chikungunya. Os insetos serão distribuídos, ao longo das próximas 20 semanas, pelas regionais Barreiro, Centro-Sul, Oeste, Noroeste, Norte e Pampulha.
O método é uma estratégia complementar às ações de controle e prevenção dessas doenças na capital. A Wolbachia não pode ser transmitida para humanos ou animais e os mosquitos que carregam essa bactéria foram produzidos na biofábrica do município sem nenhuma modificação genética.
“Essa bactéria diminui a capacidade do mosquito Aedes aegypti, mesmo estando com o vírus da dengue, de ter uma facilidade de transmissão dessa doença. Na Austrália, onde teve origem a técnica da Wolbachia, eles estão cinco anos sem surto de dengue”, explica Fabiano Pimenta, subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde.
O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, a World Mosquito Program, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o Ministério da Saúde.