Leonardo Silva, de 18 anos, confessou o crime e zombrou da situação. O rapaz morava nos fundos da casa da vítima e foi preso em MG
Sorrindo e com tom de deboche, Leonardo Silva, 18 anos, confessou que matou e enterrou Nilza Costa Pingoud, 62 anos, em Barretos (SP). O corpo da mulher foi encontrado na quintal da casa onde ela morava, local onde a vítima também acolheu o suspeito.
Preso na manhã dessa quinta-feira (3/8), em Frutal (MG), Leonardo disse que matou a vítima “por diversão”. Segundo ele, o crime valeu a pena. “Matei, gente (…), por diversão também. Estava [com raiva], por muitas coisas, gente. Minha vida é uma série. (…) Eu vou matar e vou me arrepender depois? Então, não adiantava eu matar. Que bandido é esse? Valeu [a pena]”, disse ele na porta da delegacia.
Corpo no quintal
O corpo de Nilza foi encontrado no quintal da casa onde ela morava, na última terça-feira (1º/8). Ela era viúva havia quatro anos e vivia sozinha em uma casa da Rua L6, no bairro Los Angeles, em Barretos. A polícia chegou até o local depois que vizinhos da mulher foram até a delegacia e registraram ocorrência do desaparecimento dela, que não era vista há, pelo menos, sete dias.
Um investigador foi até o local e, ao subir no muro, percebeu que a terra do jardim no quintal da residência estava remexida. Ele entrou no imóvel com a chave da casa dada por Nilza a uma vizinha e encontrou o corpo dela enterrado. Conforme o registro policial, o celular da vítima não foi encontrado na casa. A princípio, o crime foi registrado como latrocínio (roubo com morte).
Segundo o delegado responsável pela apuração do caso, Rafael Faria Domingos, há indícios de movimentação recente nas contas bancárias da vítima. Leonardo foi identificado por imagens das câmeras de segurança instaladas na casa da vítima.
Travesti
De acordo com Domingos, Leonardo chegou a morar nos fundos da casa da vítima e teria se apresentado como travesti para ser acolhido por ela, mas um desentendimento entre os dois fez com que ele se mudasse da cidade.
O delegado afirmou também que devem ser investigados os motivos para o acolhimento do suspeito. “Esse sujeito, anteriormente, se apresentava como travesti, e ela o teria acolhido para residir na residência dela, por motivos ainda a se apurar. Atualmente, ele não se apresenta como travesti”, detalhou Rafael ao portal G1.
Leonardo esteve em Barretos em 22 de julho e sondou a residência da vítima. Na madrugada para 24 de julho, o jovem pulou o muro da casa e ficou escondido em um quarto nos fundos. Quando amanheceu, ele a surpreendeu no cômodo e a matou por asfixia com um fio.
Antes de enterrar o corpo no quintal, o suspeito permaneceu na casa por alguns dias.
Vingança
Ainda de acordo com o delegado, em depoimento, o autor informou que o crime foi uma vingança, porque teria abandonado um emprego para trabalhar na casa de Nilza com serviços domésticos.
O combinado acabou sendo desfeito, porque a vítima disse que ele não tinha compromisso e o dispensou. Ele ficou sem o emprego anterior, sem lugar para morar e, “com muita raiva”, segundo Leonardo, começou a planejar a morte dela.
Atitude suspeita
À polícia vizinhos de Nilza disseram que viram um homem em atitude suspeita na casa da mulher, há cerca de uma semana, na porta do imóvel. Esse homem teria se identificado como sobrinho da vítima.
Contudo, um vizinho relatou que comentou com os familiares de Nilza sobre o homem, e eles disseram desconhecer esse suposto parente.
*Informações Portal Metrópoles.