Depois abrir o segundo semestre em alta, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), conhecido por sinalizar o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), tem alta de 2,76% no acumulado de 2022 até agosto, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (17) pelo BC (Banco Central).
Os números do indicador mostram ainda que a atividade econômica brasileira cresceu 2,08% no acumulado dos últimos 12 meses, o que mantém a trajetória de recuperação da economia após a perda apurada em maio.
Na análise mensal, o indicador reverteu a sequência de duas variações positivas seguidas ao recuar 1,13% em agosto. Com os resultados, o indicador que prevê a soma de todos bens e serviços produzidos no país alcançou 143,97 pontos na série dessazonalizada (livre de influências). O nível é o menor desde junho (143,23 pontos).
Já na comparação anual, o resultado do indicador é 4,86% superior ao apurado em agosto do ano passado. Nos últimos três meses, o desempenho da economia nacional aparece em um patamar 3,91% superior ao do período compreendido entre março e maio deste ano.
Os dados do IBC-Br são coletados de uma base similar à do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pelo indicador oficial sobre o crescimento econômico. No segundo trimestre de 2022, quando a economia brasileira avançou 1,2%, a prévia do BC sinalizou alta de 0,57% no mesmo período.
No fim de 2022, a economia nacional deve apresentar crescimento de 2,7%, segundo estimativa da SPE (Secretaria de Política Econômica), órgão ligado ao Ministério da Economia, e do Banco Central.
Rogério Boueri, chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia, afirma que as estimativas melhores do que a previsão anterior levam em conta a melhora do mercado de trabalho, o crescimento do setor de serviços e o aumento dos investimentos no Brasil.