Nova tecnologia permite que não seja mais necessário passar por vários procedimentos durante a vida
Foi realizada no Brasil a primeira cirurgia com um novo dispositivo para corrigir quadros graves de escoliose infantil. O procedimento foi aprovado pela Anvisa, mas ainda não é oferecido pelo SUS.
Marcela ganhou uma chance de viver melhor e sem dor. A menina de oito anos, que nasceu com paralisia cerebral, tinha um grau alto de escoliose. “Ela já tinha dificuldades para sentar, já tava com essa dificuldade para se alimentar. Quando ela dormia sentia muitas dores também”, disse a mãe de Marcela, Fábia Vieira da Silva.
Realidade que pode ser bem diferente a partir de agora. Marcela é a primeira paciente a ser operada no país com o uso de uma tecnologia para corrigir a curvatura na coluna. Um dispositivo é implantado para consertar a deformidade no início. Por isso, o procedimento é indicado para menores de 10 anos. O médico ortopedista da AACD explica que o grande diferencial é que a haste não precisa ser substituída por outras enquanto a criança estiver na fase de crescimento.
Antes, sem essa nova tecnologia, o paciente tinha que passar por uma nova cirurgia a cada nove meses. Agora, não será mais necessário já que o dispositivo acompanha o alongamento da coluna automaticamente. O procedimento, aliado às sessões de fisioterapia, vai promover, segundo os médicos, uma qualidade de vida muito maior para crianças que um dia já sofreram um quadro grave de escoliose.
“A gente obtém uma melhora estética visual desses pacientes, porém, o nosso maior objetivo sempre é uma melhora funcional. Muitas vezes, são crianças com deformidades graves, uma dificuldade imensa de posicionar numa cadeira de rodas, ou mesmo de cuidados dos pais”, afirma o médico ortopedista Alexander Rossato.
*informações SBT