De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado, ataques foram motivados por “regalias” e exigências não concedidas a presos
Em meio a uma forte onda de violência, o Rio Grande do Norte registrou a segunda noite de pânico na capital, Natal, e em ao menos outras quatro cidades do estado. Para conter os ataques, a Força Nacional foi enviada nesta quarta-feira (15/3), a pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo o último balanço da Polícia Militar, 28 pessoas foram presas desde o início dos ataques. Um indivíduo morreu em confronto com a polícia – identificado como o líder das ações – e duas pessoas ficaram feridas durante os atos dos criminosos, que ocorreram em dois dias. O vandalismo foi motivado por “regalias” negadas a presos do estado (leia mais abaixo).
Na madrugada desta quarta, quatro ônibus de turismo que estavam na garagem de uma empresa foram incendiados e ficaram completamente destruídos. Além disso, criminosos quebraram uma porta de vidro e jogaram um coquetel molotov numa loja de motos na Avenida Nevaldo Rocha, em Natal, uma das principais vias da cidade.
Já na praia de Pipa, que fica no município de Tibau do Sul, criminosos atiraram contra a base policial e tentaram incendiar o local. No município de São Tomé, dois ônibus escolares ficaram destruídos após atearem fogo nos veículos.
Presos querem regalias
Segundo o secretário de Segurança Pública Francisco Araújo, os ataques foram motivadas por exigências como aparelhos de televisão e visitas íntimas para presos do sistema penitenciário estadual.
“Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima, coisa que o sistema prisional não está atendendo porque está cumprindo a lei de execução penal”, afirmou.
No primeiro dia de terrorismo, a Secretaria de Segurança Pública havia dito que as ações eram em retaliação a operações policiais com apreensão de armas e drogas. Mais tarde, na terça-feira (14), informou que a ordem vinha de dentro dos presídios e organizada por uma facção criminosa.
Conforme a secretaria, as ordens teriam partido de dentro da Penitenciária de Alcaçuz, a maior unidade prisional do estado.
*Informações Portal Metrópoles.