O Brasil encerrou o pleito de 2022 com o maior número de votos em candidatos da história brasileira desde a redemocratização. Dos 156 milhões de eleitores aptos, 124,1 milhões, ou 75,8%, marcaram presença nas urnas.
As informações foram dadas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que proclamou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 99,8% das urnas apuradas. Lula teve 50,9% dos votos válidos, contra 49,1% de Jair Bolsonaro (PL), diferença de 2,1 milhões de votos.
O percentual de eleitores que não foram às urnas neste domingo, 30, também surpreendeu: é menor do que o computado pelo TSE no primeiro turno. No dia 2 de outubro, 32,7 milhões de brasileiros não compareceram aos seus locais de votação, índice de 20,95%. Agora, dados da Corte Eleitoral apontam abstenção de 32,6 milhões, ou 20,56%.
“Em todas as eleições anteriores sempre houve aumento de abstenção do primeiro para o segundo turno. Este ano, caiu de 20,95%, no primeiro turno, e, no segundo turno, reduzimos para 20,56%. Houve diminuição ainda dos votos brancos e nulos. Tivemos hoje 75,8% do eleitorado votando, o maior percentual de votos da história republicana desde redemocratização do Brasil”, afirmou o presidente do TSE.
Abstenção
O índice se mostra menor também do que o registrado em 2018, quando a abstenção chegou a 21,3%, no pleito em que Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PL) disputavam a Presidência da República.
Alexandre de Moraes também comemorou a redução na quantidade de votos brancos e (1,43%) e nulos (3,16%). O total de 4,59%.
Estiveram na coletiva de imprensa o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; o PGR, Augusto Aras; o presidente em exercício do TCU, Bruno Dantas; e os ministros do STF: Luiz Fux, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Dias Toffolli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes e Edson Fachin.