Risco de uma mulher sofrer problemas cardiovasculares aumenta até 30% durante a menopausa, quando cai produção de estrogênio.
Conhecido como ataque cardíaco, o infarto agudo do miocárdio é a principal causa de mortes no Brasil. Estima-se que ocorram mais de 300 mil casos por ano e um em cada sete resultam em morte, segundo dados do Ministério da Saúde.
Procurar atendimento de urgência e emergência nos primeiros minutos dos sintomas é fundamental para salvar vidas. As mulheres devem ter atenção especial, uma vez que podem desenvolver alguns sinais menos conhecidos, denominados de atípicos, como explica o cardiologista Carlos Rassi, médico do Hospital Sirio-Libanês e professor de cardiologia da UnB.
De modo geral, os sintomas típicos do infarto envolvem dor no lado esquerdo do tórax (precordial) com irradiação para o braço esquerdo ou pescoço, acompanhada de falta de ar e suor frio.
Nas mulheres, em vez da dor no lado esquerdo do tórax, podem aparecer dores no estômago (epigastralgia), náuseas, cansaço, fraqueza, indigestão ou apenas um mal estar intenso.
O médico esclarece que o infarto não segue uma regra e as pacientes devem observar tanto os sintomas típicos e atípicos. É comum que eles ocorram até um ano antes do evento cardíaco.
“O infarto pode ser o primeiro sintoma de uma doença coronariana aterosclerótica, inclusive com morte súbita. Mas, em grande parte dos casos, os sintomas aparecem muito antes do evento, começando meses e até mesmo anos antes”, afirma o especialista.
Risco maior na menopausa
As mulheres correm 30% mais risco de sofrer um infarto no período do climatério, a menopausa. Isso ocorre por conta da queda na produção do hormônio estrogênio, que age como um protetor natural do coração pois estimula a dilatação dos vasos sanguíneos.
“No climatério, as mulheres perdem essa proteção, o que leva ao aumento do risco de eventos cardiovasculares”, esclarece o médico.
Fatores de risco
Sedentarismo, tabagismo, sobrepeso, diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto são outros fatores que aumentam o risco cardiovascular.
O médico sugere que os pacientes façam check-ups com regularidade, além de levarem um estilo de vida saudável, com a prática regular de atividades físicas e a adesão de hábitos alimentares balanceados. Não fumar e manter os fatores de risco sob controle, que incluem hipertensão arterial sistêmica, diabetes e colesterol alto, também são essenciais.