Gerente de projetos revela que não aguardará a conclusão de inquérito policial e ajuizará ação contra a empresa na próxima semana
O Alô Poços publicou, no último dia 12, uma reportagem com o título “Vítima de estelionato denuncia revendedora de automóveis”. Na oportunidade, foi tentado ouvir os representantes da empresa, porém, sem sucesso. Relembre através do link vitima-de-estelionato-denuncia-revendedora-de-automoveis/.
Após a postagem da matéria, o sócio da empresa Infante Veículos, Vinicius Alberto Lorendo Cruz, que realizou a venda, entrou em contato com a reportagem para negar as acusações feitas pelo gerente de projetos Jair Manzini Neto, após aquisição de um veículo Volkswagen Jetta no dia 22 de abril desse ano.
Vinícius confirma a venda do veículo e diz que Neto é quem está em dívida com a revendedora. “Esse fato ocorreu, mas, o autor está em débito com a loja e cobrando uma coisa que ele tem que receber do banco Santander, não da loja. Onde ele diz tudo isso, já tenho B.O. [boletim de ocorrência] contra ele, também de ameaça e chantagem porque ele não foi obrigado a assinar nada. Ele comprou o carro de livre espontânea vontade e agora está brigando por conta de juros altos do banco”, afirma o empresário.
Ele acrescenta que o comprador vez opção por seguro prestamista no dia da compra, quando foi assinado o contrato digitalmente e que não teria pago os débitos do carro que entrou na negociação, um Citroen. “Agora ele quer denegrir a minha imagem e a da loja por conta disso. Ele foi chamado inúmeras vezes para comparecer na loja para acertarmos isso e nunca foi… Tem seguro prestamista, seguro normal, que perguntei antes para ele, se ele queria, disse que sim e agora quer que tira”, diz o empresário acrescentando ter registrado boletim de ocorrência contra Neto por ameça. “O B. O. q eu tenho é de ameaça dele contra a Kim, minha empresa”, revela.
Ainda sobre o seguro e o contrato, Vinícius comenta: “Olha o contrato do financiamento que o banco manda, todas as taxas que são cobradas que ele aceitou e assinou na hora da compra nada disso pode ser vendido sem o consentimento do cliente. Só de seguro que ele contratou da 6 mil e pouco. Contra desemprego, roubo. Tudo isso foi adquirido por ele. Assinou contrato digital que só é liberado pelo Santander para os clientes”, se defende.
A reportagem voltou a falar com Jair Manzini Neto que admitiu ter sido chamado por Vinícius para tentarem resolver o impasse. “Ele me chamou para ir lá resolver, mas, o objetivo era só intimidação, porque logo após houve ameaças”, conta.
Ele também refuta a argumentação de que seria dele a responsabilidade de quitar débitos referentes ao Citroen, que teria sido adquirido no dia 26 de março desse ano, uma vez que o veículo, comprado na mesma loja, não teve a documentação transferida por Vinícius para seu nome. “O Citroen nem era meu, era dele. Eu paguei R$ 17.500,00. Ele entrou [na compra do Jetta] por esse valor… Eu fiquei 30 dias com esse Citroen, começou a dar um monte de problemas, ele [Vinícius] não fez a transferência para o meu nome. Era um carro muito antigo, o próprio motor dele, não tinha nenhum outro Citroen no Brasil com motor igual ao dele. Comecei a ficar assustado, por isso fiz negócio no Jetta. Eu tenho o recibo de R$ 17.500,00 que ele fez. O carro é dele, nunca foi meu, ele nem transferiu para mim”, ressalta.
O gerente de projetos também nega ter contratado e feito opção por seguro. “Esses valores de seguro eu também não contratei, ele deve ter tido alguma vantagem nisto e empurrou no contrato sem minha autorização”, assegura.
Apesar de inquérito estar em andamento na Polícia Civil, Neto revela que ajuizará ação contra a empresa na próxima semana. “Eu não vou esperar mais [a conclusão do inquérito policial] porque eu estou pagando, todo mês, dois mil e poucos reais nesse carro e é um carro que só me trouxe aborrecimento. Eu quero ver se entro com ação de destrato, seja cancelado o contrato no Santander, eu paro de pagar isso, devolvo o carro”, diz relatando que na ação também será alegado “danos morais e seguir com essa parte de estelionato e regularizar essa situação junto ao Santander, tire a alienação do carro, porque até hoje ele não transferiu, na pagou multa, não pagou licenciamento”.
Por fim, ele destaca que “o grande objetivo é não deixar mais nenhum cidadão ser lesado”,
A reportagem do Alô Poços também entrou em contato com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e, através de nota, informou que “Inquérito Policial foi instaurado para a devida apuração dos fatos com oitivas de envolvidos. A investigação encontra-se em andamento e outras informações serão prestadas em momento oportuno para não comprometer o andamento do feito”.