Uma pesquisa de ancestralidade na internet revelou que, quase 30 anos atrás, três mães tiveram as filhas trocadas em uma maternidade de Cajazeiras, no sertão da Paraíba. O caso impressionante virou alvo de investigação e, agora, as famílias buscam respostas.
Reportagem do Fantástico (TV Globo), desse domingo (23) revelou a “confusão” que levou Rayalane, Marcelma e Milena a descobrirem a verdade sobre suas origens biológicas. Tudo começou em janeiro deste ano, quando uma das três mulheres nascidas em 1994 decidiu se aventurar por um site especializado em DNA.
O trio nasceu na Maternidade Doutor Deodato Cartaxo, no dia 5 de agosto daquele ano. Luísa saiu do hospital com Milena, Marlucy com Raylane e, por fim, Maria de Fátima foi para casa de Marcelma. 28 anos depois, elas descobriram que Luísa deveria ter saído com Raylane, Marlucy com Marcelma e, Maria de Fátima, com Milena – estando a última troca pendente de confirmação.
Trocas foram descobertas por acaso
De acordo com o Fantástico, o início da investigação sobre a troca de bebês envolveu integrantes das famílias em outras duas cidades, além de Cajazeiras: Nova York, nos EUA; e Dublin, na Irlanda.
A empresa em que Raylane cadastrou seus dados biológicos usa um banco com informações genéticas de pessoas do mundo inteiro. Cruzando os dados, localiza possíveis parentes desconhecidos no Brasil e no exterior.
O resultado da pesquisa apontou uma grande compatibilidade genética entre Raylane – que vive nos Estados Unidos – e Lennon Carvalho, brasileiro que vive na Irlanda e seria irmão da jovem. Ela o contatou e questionou sobre o “match”, o que acabou revelando a troca de bebês no hospital.
Os dois resolveram tirar a história a limpo e convenceram os familiares a fazerem exames de DNA. Em meio ao drama que se instaurou nas famílias e encontros emocionantes, Maria de Fátima e Milena ainda se submeterão ao procedimento para a confirmação.
O que diz a administração do hospital?
À reportagem do Fantástico, a assessoria jurídica do Hospital Regional de Cajazeiras afirmou que não encontrou os dados dos prontuários médicos da época dos nascimentos. A unidade ainda afirmou não conhecer a escala de trabalho, já que os documentos só precisam ficar arquivados por 20 anos, segundo a lei.
Por meio de nota, a casa de saúde disse que está solidária e que o objetivo é colaborar com as famílias para que tudo possa ser resolvido.
*Com Informações do G1 e BHAZ.