Família denúncia possível negligência na detecção de contágio por Covid em hospital público
Famílias têm encontrado dificuldade para sepultar seus familiares em túmulos do Cemitério Parque, na zona Sul de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais. De acordo com as informações, há dificuldade em localizar os túmulos e, em algumas situações, os familiares são informados que o jazigo foi passado para outra pessoa sob a alegação de falta de pagamento, que deve ser feito semestralmente. Não o bastante, restos mortais de familiares sepultado no local são retirados sem prévia comunicação à família e não são localizados.
De acordo com denúncia feita em uma rede social, é “vergonhoso o que aconteceu hoje (sexta-feira, 04) no Cemitério Parque, minha prima foi sepultar seu irmão e cadê o túmulo dos meus tios que foram sepultados lá?”, indaga.
Em conversa com a mulher que fez a denúncia na rede social, ela contou que o primo foi levado por três vezes no Hospital Municipal “Magarita Morales”, na zona Sul de Poços de Caldas, e com diagnóstico de infecção urinária, determinavam que o paciente voltasse para casa. “Só no domingo – há 15 dias – é que resolveram fazer o teste de Covid. Aí ele testou positivo, chamaram o SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), intubaram e levaram para o Santa Lúcia. Eu acho que um pouco também é negligência o que aconteceu no Margarita. Porque não fizeram o teste no primeiro dia que ele foi levado lá?”, questiona.
De acordo com a denunciante, ele ficou internado por 12 dias e, além de Covid, tinha outras comorbidades, falecendo na última quinta-feira, 03. “Foi um dia bastante pesado para nós. O Cemitério Parque parece que está abandonado. Não tem as plaquinhas de numeração para identificar os túmulos. Minha prima chegou a indicar um onde seus pais estariam sepultados e depois que foi aberto viu que não era e tiveram que abrir outro, que era o certo, mas, os restos mortais dos meus tios não estavam lá”, conta acrescentando.
Em conversa com a irmã do senhor de 70 anos, sepultado na última sexta-feira, 04, ela contou que foi uma luta, desgastante, desumano, e faz mais uma denúncia, o fato de que, mesmo tendo sido vítima de Covid, fizeram o sepultamento, mas o túmulo não foi fechado, o que pode representar risco de contágio pelos funcionários e também por parentes de outros falecidos que serão sepultados lá.
Ainda de acordo com ela, na manhã desta segunda-feira, 07, foi informada pela administração do Cemitério que não conseguiria cumprir com o prometido na sexta-feira, de localizar os restos mortais de seus pais em função de vários sepultamentos agendados para hoje. “Ela me disse que se não encontrarem os restos mortais dos meus pais, para eu falar com o jurídico deles. Eu disse que vou dar até o final de semana para eles, porque o túmulo do meu irmão está aberto, não fecharam. Estou dando até sexta-feira (11) para resolverem, do contrário eles vão falar com meu advogado”, advertiu.
Para desfazer o sentimento de negligência que poderia ocorrer ou ter ocorrido com a testagem para Covid por parte do profissionais em Saúde do Hospital Municipal “Magarita Morales”, a reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde que se manifestou através de sua Assessoria de Comunicação. “Existe o período de janela, geralmente a testagem é realizada entre o terceiro ao sétimo dia de sintoma, de acordo com a conduta médica, que é soberana”, explicou.
A reportagem também tenta, desde a última sexta-feira, 04, falar com os responsáveis pelo Cemitério Parque de Poços de Caldas, mas, o número de telefone informado não chega a tocar e nem as mensagens deixadas foram retornadas.
O “Alô Poços” enfatiza que prima pela verdade e pela ética no jornalismo, dando vez e voz a todos os envolvidos e que está à disposição de todos os personagens deste episódio que queiram se manifestar ou fazer algum esclarecimento.
Boa noite.Esse cemitério parque tá uma vergonha,roubaram as lápides do túmulo da minha vó e do túmulo do meu pai.Ficaram que tomar providência já faz quase um mês e até agora não deram a solução de como vão repor essas placas.A quadra 23 se encontra com mato alto e tampas de túmulo jogadas de qualquer jeito .Acho uma falta de respeito,mais a prestação da manutenção já veio no valor de 122,00.Ja passou da hora de alguém tomar providência,não é certo eles tratar a população de uma forma tão desumana.