Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave aumentam entre crianças; Foram cerca de 300 crianças atendidas em um dia
Somente ontem (05), quase 700 atendimentos foram registrados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais. Foram 401 atendimentos clínicos e outros 295 pediátricos.
De acordo com informações da Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura, a grande maioria dos atendimentos está relacionada a síndromes gripais e, tendo em vista a grande procura, foram designados oito médicos para trabalhar na UPA nesta terça-feira (06), sendo cinco para a área clínica e três no setor pediátrico.
O clima seco aliado às oscilações de temperatura e a baixa hidratação do organismo tem atingido de modo direto, principalmente, crianças e idosos.
De acordo com o Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tem aumentado em crianças de até 11 anos de idade em diversos estados do Brasil.
Os relatos são, basicamente, os mesmos, como falta de ar, tosse, coriza, obstrução nasal e garganta seca, justificados pela condição climática da estação associada às últimas frentes frias que têm passado pelo país e derrubado as temperaturas, principalmente à noite e madrugada nas cinco regiões brasileiras.
A Secom de Poços de Caldas ressalta que, nos últimos dias, triplicou o atendimento a crianças devido ao tempo seco, falta de chuvas e constantes mudanças no clima. “O inverno tem sido marcado não apenas por variações de temperaturas, mas, também por uma seca fora do comum, mistura que pode potencializar o surgimento de doenças como gripes, resfriados e alergias respiratórias”, enfatiza.
Com relação ao aumento da procura por atendimento médico, a informação é de que a Secretaria Municipal de Saúde tem remanejado médicos e os atendimentos estão acontecendo dentro da normalidade. “Nessa época do ano as doenças respiratórias sempre foram um problema em Poços de Caldas devido ao clima frio e seco”, observa.
A comunidade médica pediátrica orienta que é importante saber identificar os casos que necessitam de um atendimento de urgência daqueles que podem ser resolvidos apenas com uma consulta.
Até o primeiro ano de vida, a orientação é de consultas mensais aos bebês para acompanhamento do desenvolvimento da criança em aspectos como: psicomotor, órgãos, ganho de peso, etc., por se tratar de uma fase de grandes mudanças em pouco tempo. Após o primeiro ano, as consultas pediátricas devem ser mantidas, contudo, a cada dois ou três meses.
Os médicos alertam para os riscos há que, principalmente, crianças e idosos são expostos ao serem levados para unidades de saúde de grande movimento, como a UPA ou prontos-socorros hospitalares por ser um local onde há grande exposição à contaminação por várias doenças.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 75% dos atendimentos pediátricos em ambientes assim seriam desnecessários. Muitas vezes, atendimentos emergenciais podem gerar longa espera e problemas de saúde da criança fazem com que muitos pais ou responsáveis procurem os serviços de emergência e nem todo adoecimento é motivo para um atendimento de urgência.
Febre que não baixa e sinais de apatia, diarreia e sinais de desidratação, reações alérgicas intensas e problemas na respiração, além de acidentes domésticos ou quedas que causem ferimentos profundos ou queimaduras graves, são alguns casos em que não será possível evitar de buscar ajuda médica em um Pronto Atendimento.
Conforme orientação dos médicos, hidratação ao longo dia, alimentação equilibrada, higiene das mãos e rosto com água e sabão várias vezes durante o dia e atividade física são fundamentais para a imunidade de crianças e adultos, além de manter a casa limpa, arejada e sem objetos que acumulem poeira, como bicho de pelúcia, tapetes e cortinas de pano.