Anvisa recomenda uso de máscara e distanciamento social para adiar a chegada da varíola dos macacos ao Brasil
Diante do aumento no número de casos da varíola de macacos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nota reforçando a necessidade de adoção de medidas “não farmacológicas”, como distanciamento físico, uso de máscaras de proteção e higienização frequente das mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus no Brasil.
Tendo em vista a recorrência e aumento dos casos de Covid-19, a recomendação acaba sendo a mesma, principalmente em ambientes fechados, em especial, escolas, unidades de saúde, transporte público e estabelecimentos comerciais.
A varíola de macacos é uma doença cuja incidência é maior na África, mas dezenas de casos têm sido registrados pelo mundo nas últimas semanas. Já foram confirmados 131 casos fora do continente africano e há outros 106 casos suspeitos desde o primeiro relato, no dia 7, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Desde o início do mês, ao menos 180 ocorrências da doença foram confirmadas no mundo.
O Ministério da Saúde instituiu, no último dia 22, uma sala de situação para monitorar o cenário da varíola do macaco no Brasil e elaborar um plano de ação para o rastreamento de eventuais casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.
A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. No domingo, 22, foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina. A varíola do macaco é, na verdade, uma doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, porém de ocorrência muito rara em outros continentes.
Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico. “Acho muito difícil que [a doença] não chegue aqui”, afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez. “Mas se trata de uma doença considerada benigna.” Além disso, existem tratamento e vacinas.
*com informações R7 e Estadão