Ao contrário do que a reportagem informava inicialmente, os sindicatos de servidores das forças de segurança ainda avaliam a proposta feita pelo Governo de Minas Gerais. Uma reunião está marcada entre os representantes para as 17h desta sexta-feira (11).
O governador Romeu Zema (Novo) negou o pedido de recomposição salarial de 24% para as forças de segurança, durante coletiva na Cidade Administrativa, na manhã de hoje (11). Contudo, o político propôs aumentar as parcelas do auxílio fardamento. Antes era somente uma, agora a categoria receberá quatro parcelas de R$ 1,8 mil. Representantes dos sindicatos da categoria vão se reunir no fim da tarde para discutir as mudanças apresentadas pelo Executivo estadual.
“Seria conveniente dar mais em ano eleitoral, mas para mim o que vale mais é responsabilidade. Prefiro fazer o certo e não ser eleito”, diz o governador. Ele também relembrou a situação da merenda nas escolas quando assumiu o governo, e falou sobre equilibrar as contas do governo. “É fácil entrar no buraco, mas difícil sair”.
“Eu assumi um estado caótico. Minas ainda está em situação financeira crítica, logo o reajuste está limitado. Todos os servidores do estado receberão 10% [de reajuste]. A última vez que isso aconteceu foi em 2011”. Zema também reconheceu que o custo de vida vem aumentando, mas avisou que se Assembleia aprovar um reajuste maior do que o acordado, terá que vetar a proposta.
Edgard Estevo, Coronel do Corpo de Bombeiros e um dos representantes da categoria, corroborou as falas de Zema. “Reforçando as palavras do governador. Foram muitas reuniões e conversas. Chegamos ao limite do que é legal e da condição financeira do estado. As forças de segurança permanecerão nas ruas, fazendo a proteção pública da melhor forma possível”.
Relembre
Desde o último mês, milhares de policiais mineiros se reúnem nas ruas da capital para protestar contra o veto na recomposição salarial. Os atos cobraram os reajustes salariais de 24%, pagos em duas parcelas, conforme acordado com o Governo do Estado no ano de 2019. No entanto, Romeu Zema (Novo) ofereceu recomposição de 10,6%, valor que não foi aceito pela categoria.
Durante os protestos, servidores da polícia militar e civil, entre outros representantes da categoria, exigiam ”valorização e respeito”, chamando atenção com carros de som e bombas. De acordo com a liderança do movimento, sem um acordo com o Governo, existiria a possibilidade de paralisação geral das forças policiais.
*Fonte: BHAZ