O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), disse que pode punir os servidores da Segurança Pública, Educação e Saúde que se recusarem a cumprir seu trabalho dentro do que é exigido pela Lei. Ele acredita que o pedido de revisão salarial de 10,06%, enviado ao plenário da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) nessa terça-feira (15), pode apaziguar os ânimos entre os servidores mineiros e o governo estadual.
“Se fecharem estradas ou impedirem outros profissionais de trabalhar, serão tratados com o máximo rigor. Serão processados e terão seus pontos cortados”, disse o chefe do Executivo mineiro em entrevista ao jornal O Globo.
“Concedemos a parcela de 13% de reajuste e agora, em 2022, oferecemos mais 10,06% a todo funcionalismo, o que garantiria aos servidores da segurança um aumento de quase 24% em três anos, além de melhorias nos benefícios. Não posso pagar acima do teto da inflação acumulada. Sou legalista e não abro mão”, declarou.
‘Erramos na proposta’
Durante audiência realizada na última terça-feira (15), que reuniu diferentes lideranças sindicais, ficou decidida a manutenção da redução do efetivo por tempo indeterminado por parte das forças de segurança de Minas. Para além do reajuste salarial, a categoria também reivindica por melhores condições de trabalho e pela regularização dos espaços de atuação.
Sobre o assunto, Zema assumiu ter errado na proposta de reajuste feita em janeiro de 2019 aos profissionais. “Acontece que não contávamos com uma pandemia e uma alteração de cálculo de pessoal nesse meio tempo. O correto, pela responsabilidade fiscal, passou a ser o veto ao aumento”, declarou.
Professores se manifestam
Já na tarde desta quarta-feira (16), professores da rede estadual se reuniram na Praça da Assembleia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para cobrar do governo o pagamento do piso salarial. Durante a entrevista, o governador mineiro disse que a reivindicação parte de uma “minoria ruidosa”.
“Eu tenho acompanhado todos os manifestos feitos dentro da legalidade e os respeito muito, ouço seus pleitos. Mas veja a situação da Educação: o movimento é liderado por uma minoria ruidosa ligada a sindicatos. Nem de longe refletem o olhar da totalidade da categoria sobre o nosso trabalho”, disse.
“Desde 2019, reformamos mais de 1.300 prédios e melhoramos a qualidade da merenda. Também distribuímos os recursos do Fundeb, que garantiram um 14º salário à categoria. Tem quem valorize tudo isso”, acrescentou Zema.
*Fonte: BHAZ