Em Itajubá, uma lenda diz que uma ex-moradora retornou do além para procurar quem tirou uma foto sua sem autorização; ou de quem fotografar seu túmulo
Você já ouviu alguma vez o termo “low-profile”? Se engana quem acha que a expressão é recente, pois há mais de 100 anos, em Itajubá, no Sul de Minas, Gabriela de Moura já era conhecida no município do Sul de Minas Gerais por sua aversão a fotografias. Ela teve uma única foto tirada de si em toda a vida e, reza a lenda na cidade, que até hoje ela procura quem foi o responsável pelo registro sem autorização de sua imagem.
“Low-profile” é um conceito recorrente no vocabulário dos jovens atuais e geralmente é usado para se referir a quem faz raras publicações em redes sociais, dificultando a vida de quem pretende dar aquela vigiada na vida alheia.
A lenda da mulher de bronze surgiu pouco tempo depois do falecimento de Gabriela. Na época, o filho dela encomendou uma estátua em tamanho real para ficar ao lado do túmulo da mãe, no Cemitério Paroquial de Itajubá. Tempos depois, a escultura teria amanhecido bem no centro da praça da cidade, dando origem à lenda.
A estátua retrata Gabriela de Moura Fonseca, a mulher que deu origem a tantas lendas. A estátua de bronze foi fundida na França, e foi levada para o cemitério de Itajubá em 1925.
Segundo os administradores do escritório do cemitério da cidade, a estátua chegou a ser levada para a praça pública. “Com isto, surgiram mais lendas ainda, começaram a dizer que a estátua saiu andando e foi parar na praça.
Foi o necessário para boatos e superstições se espalharem pela cidade, dizendo que a falecida estaria atrás de quem a fotografou. A escultura foi levada de volta ao cemitério, onde se encontra até hoje e, desde então, existe a lenda local de que Gabriela retorna à noite para perseguir quem tenta fotografar sua estátua. A única forma de se livrar da perseguição seria apagando a imagem.
Muita gente vai ao cemitério só para tirar foto ao lado da estátua. Ela é uma atração para os moradores e visitantes da cidade.
Existem filmes e documentários que retratam detalhes da história”, contam os administradores.
Gabriela de Moura durante toda sua vida foi registrada em apenas uma foto. Esta foto está arquivada no escritório do cemitério, e foi utilizada para fundir a estátua, que hoje é atração no cemitério de Itajubá.
Sabia Não, Uai!
O Sabia Não, Uai! mostra de um jeito descontraído histórias e curiosidades relacionadas à cultura mineira. A produção conta com o apoio do vasto material disponível no arquivo de imagens do Estado de Minas, formado também por edições antigas do Diário da Tarde e da revista O Cruzeiro.
O conteúdo oferece um olhar único e com propriedade sobre a história de Belo Horizonte e de Minas Gerais desde a década de 1920.
*informações Estado de Minas