Agência Fitch elevou a nota de crédito do Brasil, o chamado “rating soberano”, de “BB-” para “BB”. A perspectiva do país passa a ser estável
A agência de classificação de risco Fitch informou, nesta quarta-feira (26/7), que elevou a nota de crédito do Brasil, o chamado “rating soberano”, de “BB-” para “BB”. A perspectiva do país passa a ser estável.
A decisão é um termômetro importante para o mercado financeiro porque indica que a agência de classificação vê o Brasil com maior capacidade de honrar seus compromissos financeiros.
“A elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, diz a agência, em comunicado.
Segundo a Fitch, apesar do ambiente político conturbado no país desde o rebaixamento da nota de crédito, em 2018, o Brasil avançou em “importantes reformas” na agenda econômica.
“A Fitch espera que o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de macro ou micropolítica, enquanto o governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado (por exemplo, reforma tributária)”, afirma a agência.
Governo comemora
Em nota, o Ministério da Fazenda comentou a elevação da nota de crédito do Brasil pela Fitch. A pasta afirma que “reitera seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços”.
“Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país”, diz o governo federal.
“A melhora no rating leva em consideração não apenas ações já ocorridas, mas também a expectativa quanto à capacidade e vontade do país em prosseguir com a agenda de reformas econômicas”, prossegue a nota da Fazenda. “Destaque para a reforma em impostos sobre consumo, que está em tramitação no Congresso Nacional e que enfrenta um dos maiores gargalos de competitividade do Brasil, simplificando um sistema altamente complexo e eliminando distorções que alimentam a má alocação de capital.”
*Informações Portal Metrópoles.