Artista mexicano, que também era produtor e diretor de cinema, teatro e televisão, lutou por quatro anos contra um câncer renal
O ator, produtor e diretor de cinema, teatro e televisão mexicano Héctor Bonilla, que sofria de câncer renal, morreu nesta sexta-feira aos 83 anos, segundo informou sua família. O ator ficou conhecido no Brasil por participar de um clássico episódio do seriado “Chaves” no qual interpretou a si mesmo.
“Informamos que hoje, 25 de novembro de 2022, após quatro anos de luta contra o câncer, morreu nosso querido esposo, pai, avô, companheiro e exemplo de vida: Héctor Bonilla”, diz o texto escrito por seu filho Fernando Bonilla nas redes sociais. “Morreu em casa, em paz, sem dor e cercado por seu círculo mais íntimo, que o acompanhou até o fim”, acrescentou.
“Sabemos que Héctor deixou um legado imensurável e muitos corações lamentarão sua perda. Saibam que, apesar da tristeza infinita que nos assola, temos a tranquilidade de nos despedir de um homem que partiu sem dever nada a ninguém, que viveu intensa e plenamente, que sempre pregou pelo exemplo e semeou amor e alegria por cada caminho que percorreu como quis”, completou o comunicado.
Além disso, os familiares compartilharam um epitáfio que o próprio Bonilla escreveu para si mesmo alguns anos atrás: “Acabou o show, não perturbem, quem me viu, me viu, não sobrou nada”.
O Ministério da Cultura do México lamentou “profundamente” a morte de Bonilla, formado pela Escola de Arte Cênica da INBAL e considerado um dos melhores atores do México.
“Desenvolveu-se no teatro, televisão e cinema, onde participou de filmes como ‘Rojo Amanecer’”, lembrou a pasta de Cultura mexicana em mensagem nas redes sociais.
“É com muita tristeza que dizemos adeus ao grande Héctor Bonilla”, declarou, por sua vez, a Filmoteca da Universidade Nacional Autônoma do México, observando que Bonilla deixa “um profundo legado em nosso cinema”.
Em 2019, a Academia Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas (AMACC) concedeu o Ariel de Oro a Bonilla, artista com uma extraordinária e extensa carreira de mais de 50 anos no cinema, teatro e televisão. “Ele nos cativou como ator por seu profissionalismo e versatilidade”, explicou a Academia ao justificar sua decisão de lhe conceder o prêmio naquela ocasião.
*Com informações; R7