Nesta segunda-feira (31) o assassinato da adolescente Ágatha Soares de Brito, completa dois anos. A menina foi morta a facadas e seu corpo só foi encontrado quatro dias depois, em uma tapeçaria no bairro Jardim Paraíso, Zona Sul de Poços de Caldas (MG). O suspeito do crime, Ubirajara Aparecido Machado Silva Moura, segue foragido.
O caso teve grande repercussão e gerou indignação na população da cidade, contudo, mesmo após dois anos ainda não pôde ser concluído. De acordo com Cleyson Rodrigo Brene, delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, não houve grandes avanços nas investigações durante este período.
“A Polícia Civil identificou e apresentou pela prisão preventiva do autor do crime, hoje com 63 anos de idade, porém após deixar uma carta ele evadiu-se da cidade e encontra-se foragido desde então.”
O delegado contou ainda que a Polícia Civil recebeu uma denúncia de que o suspeito teria sido visto embarcando em um ônibus com destino à cidade de São Paulo (SP). E que estaria então vivendo na cracolândia da cidade, nome dado a uma região ocupada por usuários de drogas e pessoas em situação de rua.
“Durante a pandemia nós realizamos diligências no estado de São Paulo após recebermos a informação de que o autor estaria na cracolândia da capital; e mesmo com a ajuda de policiais paulistas e da prefeitura local, não localizamos o suspeito.”
Ainda segundo Cleyson, a polícia ainda trabalha no caso para que o autor não fique impune, e ressaltou a importância da colaboração da população, “As diligências continuam no sentido de identificar familiares próximos ao autor, em outros estados inclusive, que possam contribuir para a localização do foragido. Destacamos a importância de quaisquer informações dos cidadãos, diretamente na delegacia de Polícia ou pelo número 197, reforçando que serão preservados o sigilo e o anonimato.”
Crime
Ágatha Soares de Brito, de 13 anos, estava desaparecida desde o dia 31 de janeiro de 2020 e foi encontrada morta quatro dias depois no dia 3 de fevereiro na tapeçaria do suspeito, localizada na rua João Mariusso, bairro Jardim Paraíso. Segundo os peritos, o corpo da adolescente estava em estado de decomposição com oito lesões causadas por facadas, e ela teria morrido no mesmo dia do desaparecimento em função de um corte profundo no pescoço.
No estabelecimento foi encontrada a faca utilizada no crime e ainda uma carta onde o suspeito, Ubirajara, confessa o crime e conta que a motivação teria sido ciúmes da menina. Vizinhos teriam relatado à polícia que, o homem de 61 anos na época e a jovem de 13, se relacionavam.
Após investigações, a Polícia Civil concluiu que o crime teria sido premeditado, já que dias antes do crime o homem teria tentado vender pertences pessoais, e a carta encontrada teria sido datada com o dia anterior ao do crime.