Mulheres e até crianças estavam no último reduto de ucranianos na cidade considerada estratégica atacada por russos
Do portal Metrópoles –
Dezenas de civis, inclusive crianças e mulheres, deixaram a última resistência ucraniana em Mariupol, cidade considerada estratégica para os invasores russos. Eles estavam na região da siderúrgica de Azovstal. De acordo com as agências de notícias RIA e Tass, 46 pessoas deixaram o local.
Mariupol foi destruída com os ataques russos. O país comandado por Vladimir Putin afirmou ter tomado a cidade no dia 19 de abril, mas a fábrica de Azovstal e os arredores ainda reunia a resistência ucraniana.
Desde então, um cessar-fogo tem sido tentado, mas Moscou e Kiev não conseguiram, até agora, chegar a um acordo para a retirada total dos civis. Um líder do Batalhão Azov, supostamente a unidade ucraniana que defende a usina, afirmou que 20 civis saíram. Não é possível confirmar que são os mesmos citados pelas agências russas.
“Vinte civis, mulheres e crianças foram transferidos para um local adequado e esperamos que sejam evacuados para Zaporizhzhia, em território controlado pela Ucrânia”, contou Sviatoslav Palamar, em vídeo postado no canal Telegram. Palamar confirmou que os russos têm bombardeado constantemente o local.
Apesar de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ter se encontrado com Putin e Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e tentado a retirada de civis de Azovstal, não há confirmação da organização sobre a saída ocorrida entre o sábado e este domingo (1º/5). Segundo informações de ambos os países, cerca de mil civis, além de soldados, estão abrigados por lá.
Entenda
Rússia e Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Volodymyr Zelensky, em 24 de fevereiro.