Engrossando o caldo
As recentes denúncias envolvendo a saúde pública e o pagamento de horas extras acima de R$ 30 mil mensais pela Prefeitura seguem movimentando os bastidores políticos. O Requerimento antes assinado por 6 vereadores, terminou a sessão de ontem (29) com a assinatura de todos bem como o voto favorável da unanimidade dos vereadores.
DMAE novamente no foco
Mesma situação ocorreu com o Requerimento apresentado inicialmente pela vereadora Luzia Martins (PDT) e depois subscrito por todos os vereadores sobre novos questionamentos aos desvios já em investigação no DMAE.
Apuração
Recuperando-se de problemas de saúde e prestes a tirar umas férias, o secretário de Saúde, Dr. Carlos Mosconi, assegurou ontem (29) a seu pupilo e antecessor na Secretaria de Saúde, o vereador Flávio Togni de Lima e Silva (PSDB), que está tranquilo mediante as denúncias na saúde, que recebeu as denúncias e que todas serão devidamente apuradas pela Secretaria. É o que espera a população de Poços de Caldas, inclusive, explicações públicas sobre o caso. Até o momento, nenhum pronunciamento da Secretaria ou da Prefeitura foi feito.
CPI dos supersalários
Já o presidente da Câmara Municipal, Marcelo Heitor (PSC), gravou vídeo no começo da tarde de ontem (29) confirmando o que a Coluna havia adiantado pela manhã: cresce na Casa a necessidade de abertura de CPI para apurar supersalários. Segundo denúncia apresentada por ele, há o pagamento de horas extras superior a R$ 30 mil mensais. A CPI dos supersalários seria importante, inclusive para a Prefeitura, que deseja mudar o regime dos servidores para estatutários.
Subestimam, perseguem e perdem
A questão é que o prefeito Sérgio e seus articulares subestimam a Câmara e seus vereadores. Tratam quem vota uma vez contra suas arbitrariedades ou bobagens como inimigos e, agora, diante a nova crise, miram suas artilharias contra o presidente da Câmara, Marcelo Heitor (PSC) e a vereadora Dra. Regina Cioffi (PP), ambos pré-candidatos a deputado estadual.
Não se faz política sozinho
Desse jeito, implodirá sua ampla base de apoio no Legislativo e deixará seu candidato a deputado federal, o secretário de Governo, Celso Donato, na linha de fogo dos pretensos candidatos. Esquece que não se faz política sozinho!
Novela
Conforme o Alô Poços havia antecipado no dia 10/03, em primeira mão, o prefeito Sérgio Azevedo anuncia hoje a liberação de verbas para o início das obras do que chama de Hospital do Câncer, mas que na verdade é um Centro Oncológico, pois o projeto não prevê ala de internações e cirurgias. Nos bastidores, comenta-se que os recursos viram de emendas de dois senadores mineiros, Alexandre Silveira e Rodrigo Pacheco, ambos do PSD. Segundo informações preliminares, seriam duas emendas, uma de R$ 7,5 milhões de Silveira e outra de R$ 5 milhões de Pacheco.
Um peso, duas medidas
O movimento é uma resposta a oposição, encabeçada pelos vereadores Lucas Arruda e Tiago Braz, ambos da Rede Sustentabilidade, que aportaram emendas ao Orçamento Municipal para 2022 e as viram rejeitadas pela trupe governista. Agora, o prefeito se utiliza da mesma fonte para conseguir, ao menos, iniciar a obra do hospital. O argumento antes era que os recursos de emendas não são assegurados e que dependem de outros fatores para serem liberados. Pelo jeito, mudou de opinião!
Por enquanto, nada
A Coluna buscou as emendas que teriam sido apresentadas pelos senadores no sistema de transparência do Senado Federal e do Congresso Nacional e, até ontem (29), nenhuma das duas constavam no sistema. Assim como a população de Poços, desejamos que a “inauguração” de hoje não leve mais 10 anos para ser iniciada, conforme aconteceu em 2012.