Tensão
O clima foi de tensão na oitiva do Diretor-Presidente do DMAE, Paulo César Silva, ontem, 21, na Câmara Municipal. Primeiro foi vencer a ansiedade dos problemas de turbidez da água, apresentados pelo técnico do DMAE, Luiz Felipe. Depois, quando Paulinho falou que o roubo vinha acontecendo desde 2016 e citou o valor de R$ 3.576.507,21 todos ficaram boquiabertos. Veja o vídeo com a fala do Diretor-Presidente:
Experiência e atenção
A experiência de Pulinho Couro Minas como ex-vereador, ex- vice-prefeito e ex-prefeito foi essencial para manter os ânimos controlados. Simpático e atencioso, ele foi de vereador em vereador mostrando as amostras de água contendo ferro e manganês. Depois, respondeu a todos os questionamentos, concordou com os vereadores e ressaltou diversas vezes que “saio daqui tranquilo e com o apoio desta Casa para seguir com as medidas que se fizerem necessárias”. Recebeu os parabéns de todos por ter conseguido por fim ao roubo milionário.
Afastamento unânime
O vereador Diney Lenon (PT) foi o primeiro a questionar o porquê do não afastamento dos cargos hierárquicos próximos ao da servidora que desviou os recursos, seus superiores diretos. Recebeu apoio da Casa toda e Paulinho assumiu o compromisso de avaliar juridicamente como fazer, uma vez que a sindicância e a investigação ainda não terminaram e ele pode “culpar alguém que depois pode ser absolvido”.
PIX, cheques, TED e transferências diretas
Uma das questões que mais espantou os vereadores foi a diversidade de operações financeiras utilizadas pela ex-servidora, que já perdeu o cargo público que ocupava. Ela chegou a gastar R$30 mil em uma loja com sapatos, roupas, acessórios e etc, pagos com um “chequão” do DMAE sem que ninguém desconfiasse.
Café requintado
O vereador Kleber Silva (Novo) destacou dois cheques de R$ 18 mil reais cada, pagos a uma padaria de Poços de Caldas. Ele chegou a questionar o “Café Requintado” que deveria estar sendo servido na autarquia para um gasto desse tamanho em “Coffee Break”. “Será possível que nem o comerciante desconfiou”, questionou o vereador.
Sem medo da “gastança”
O “Arraiá na Praça” promovido pela Prefeitura no próximo final de semana terá um custo, penas com cachês dos artistas de destaque, de R$ 160 mil. A dupla Gian e Giovanni receberá R$ 98 mil; Renato Teixeira R$ 48 mil e a dupla Alysson e Adysson R$ 13 mil. Artistas locais também receberão cachê, mas o valor ainda não foi divulgado. Isso tudo depois que a Corregedoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e a Procuradoria-Geral do Ministério Público de Contas (MPC) emitiram uma recomendação conjunta aos prefeitos e gestores públicos a respeito do custeio de eventos festivos e shows de artistas.
Despesa ilegítima
A publicação veio após a polêmica envolvendo shows de cantores sertanejos bancados por prefeituras ao redor do país. Os órgãos alertam que a contratação de artistas com utilização de grande quantidade de recursos do tesouro público pode configurar “despesa ilegítima”, caso isso comprometa o resultado da gestão pública e a regularidade das contas.
PSC define senador
O Partido Social Cristão (PSC) definiu na semana passada, em reunião em Brasília, que lançará o deputado estadual Cleitinho junto com Noraldino Jr. como candidato a senador por Minas Gerais. Cleitinho foi o quarto candidato mais votado para deputado estadual em Minas Gerais, com mais de 115 mil votos.
Bem na pesquisa
O deputado Cleitinho aparece bem na disputa pelo Senado em Minas. De acordo com Instituto Ver, em pesquisa realizada entre 14 e 17 de abril, ele lidera a corrida ao Senado. Nas redes sociais ele acumula milhares de seguidores – 306 mil no Instagram e cerca de um milhão no Facebook. O presidente do PSC em Poços, Marcelo Heitor, que também preside a Câmara Municipal, parabenizou Cleitinho e recebeu o apoio do parlamentar a sua pré-candidatura a deputado estadual.