Por Tiago Monteiro Tavares –
Dobradinha à Mineira
Os bastidores políticos segue em ritmo acelerado para formação de alianças e apoios visando as eleições de 2022. Uma ‘dobradinha’ que pode cair no gosto dos poços-caldenses e criar um baita problema para o grupo governista começou a ser articulada entre o Republicanos e o Novo. Com a desistência forçada de Geraldo Thadeu da disputa para deputado federal, o presidente do Republicanos, Demilton Vaccarelli, costura uma aliança entre o deputado estadual Mauro Tramonte, mais votado da história de Minas, e André Vilas Boas, líder do Novo no Sul de Minas.
Aliança de peso
A dobradinha é bem-vista por membros da Executiva do Republicanos. No Novo a aliança também não é descartada. André e Tramonte já dobram em algumas cidades da região. Jovem, André conquistou uma base eleitoral forte cuidando das relações do partido e do governador Romeu Zema na região. Segundo ‘boca pequena,’ uma ala grande do PSDB também quer André para federal.
Estadual da base
A decisão do vereador Flávio de Lima e Silva, o Flavinho, de colocar seu nome à disposição do PSDB para disputar o cargo de deputado estadual mexe com as estruturas do partido na cidade. Há anos no partido, ele está na fila há mais tempo que outros pré-candidatos, possui capilaridade e sagacidade política e já foi testado nas urnas. Será que podemos esperar mais uma dobradinha surpresa por aí?
Deixando a liderança
Por falar em André Vilas Boas, ele deixa hoje a liderança do Partido Novo no Sul de Minas. A saída, na verdade, é a porta de entrada para a campanha. Agora, a missão passa a ser as articulações e apoios das lideranças políticas da região.
Show de horrores
A reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Poços de Caldas ocorrida ontem (9), para debater o Plano Diretor, foi um verdadeiro show de horrores! Teve bate boca, ameaças e, diante a tanta bagunça: derrota para o governo. Se será uma derrota também para a cidade e para a população veremos nos próximos capítulos. A Comissão é presidida pelo vereador Lucas Arruda (Rede), tem com vice-presidente a Dra. Regina Cioffi (PP), e os vereadores Diney Leon (PT), Silvio Rogério de Assis (MDB) e Pastor Wilson Rodrigues da Silva (DEM) como membros efetivos.
Em cima da hora
O parecer ao Plano Diretor só ficou pronto perto das 13h de ontem (9) e a votação na Comissão era 15h. Os vereadores não tiveram tempo para analisar as 34 páginas do documento e pediram mais tempo para votar, em especial a oposição. Foi aí que a confusão começou. O relator, pastor Wilson, fez o que pode para votar o documento e até se dispôs a retirar seu parecer para viabilizar um entendimento. Lucas Arruda e Regina Cioffi bateram boca diversas vezes e o clima esquentou com os vereadores Diney Leon e Silvio Rogério, que ficaram ao lado de Lucas, imprimindo a derrota ao grupo governista.
Emendas sem acordos
A Câmara recebeu 15 sugestões do setor produtivo para serem incluídas no texto original. Divergências entre oposição e situação e a falta de vontade política por parte de alguns governistas complicaram a situação. “Não dá para incluir emendas pedindo para que empresários apresentem elas de fora”, esbravejou a Dra. Regina Cioffi (PP), que depois ameaçou: “A cidade inteira vai saber quem votou contra e prejudicou a cidade”. Foi o estopim para que a oposição resolvesse derrubar o parecer.
Responsabilidade de vocês
Com o parecer rejeitado por 3 votos a 2, ficará a cargo da oposição fazer o relatório do “vencido”, como se chama no processo legislativo quando o parecer do relator é rejeitado. Uma reunião extraordinária será chamada na segunda e um novo parecer será apresentado pela oposição. Até isso gerou confusão e alguns vereadores não entendiam sequer o que aconteceria caso o relatório fosse vencido, uma vergonha! Por fim, Dra. Regina deixou bem claro: “A responsabilidade será de vocês! Não deveria sequer ter vindo participar disso,” esbravejou no Plenário da Casa.