Após o “Carnaval”
O prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) decidiu colocar a “mão na massa” e se dedicar ele mesmo a melhorar seu relacionamento com os vereadores. Logo após voltar do feriadão no Rio de Janeiro, convidou a vereadora Dra. Regina Cioffi (PP) para almoçar na “Pizza na Roça”, na segunda-feira (25), fato que deve repetir com alguns outros vereadores considerados estratégicos para a ‘Casa Amarela’.
Não sabia de nada
A Coluna apurou que o principal assunto foi sobre a pré-candidatura de Flavinho (PSDB) a deputado estadual, concorrendo contra Dra. Regina. Sérgio quis deixar claro que ele “não teve nada haver como isso” e que foi “pego de surpresa”. Tentativa de amenizar o clima de guerra entre os pré-candidatos e tentar se livrar da “CPI Bomba” na Câmara.
Vermelhão
Como articulação, simpatia e carisma não são o seu forte, não deixou de esbravejar quanto à emenda de autoria da Dra. Regina ao projeto que concedia aumento para os estagiários da Prefeitura, aumentando de R$ 606 para R$ 909 o valor da Bolsa Estágio. Se viu obrigado a retirar o projeto para não perder. Agora, promete reenviá-lo após conversa com Dra. Regina. O almoço serviu também para tentar acalmá-la sobre a CPI e sua pré-candidatura a deputada estadual.
Audiência
Após uma série de intervenções da Prefeitura para tentar acalmar os ânimos dos vereadores, a falada CPI da Saúde acabou não saindo do papel esta semana, mas não está descartada. Ontem (27), o secretário municipal de Saúde, Dr. Carlos Mosconi (PSDB), esteve na Câmara para a Audiência Pública de prestação de contas do SUS no 3º Quadrimestre de 2021. Publicamente, nenhum vereador questionou o secretário sobre as diversas denúncias na pasta que conduz.
Sossega Leão
Para evitar constrangimentos públicos, uma reunião foi realizada antes do início oficial da audiência, o que levou a um atrasado de cerca de 40 minutos. Conduzida pelo líder do governo na Câmara, vereador Flávio Togni de Lima e Silva (PSDB), o Flavinho, a reunião “preparatória” teve como objetivo levar informações aos vereadores, explicar como as denúncias na Saúde estão sendo tratadas e colocar os balanços e dados da Secretaria à disposição dos vereadores. Uma tentativa de por fim à ideia da CPI.
Concentração
Acontece que o encontro não teve grande adesão. Participaram, na sala de reuniões da Câmara, os vereadores: Flavinho (PSDB); Kleber Silva (Novo); Luzia Martins (PDT); Douglas Dofu (União Brasil); Pastor Roberto (Republicanos); Tiago Braz (Rede) e um representante do vereador Claudiney Marques (PSDB).
Tudo encaminhado
À Coluna, Flavinho explicou que o Dr. Mosconi se colocou à disposição dos vereadores e os convidou para irem à Secretaria de Saúde e conferirem qualquer dado que esteja disponível. Ainda segundo Flavinho, Dr. Mosconi afirmou que já havia recebido denúncias de irregularidades na pasta mas, antes de encaminhá-las para o Ministério Público, foi “orientado” pelo jurídico da Secretaria a aguardar o encaminhamento do Conselho de Saúde. O mesmo decidiu, na semana passada, enviar para o MP, para o TCE-MG e para Câmara. Esse foi o principal argumento para tentar “enterrar” a CPI.
Meia boca
Durante a apresentação do secretário de saúde e sua equipe, a sensação entre os presentes era de certa desinformação por parte dos gestores. Quando questionados sobre o valor com despesas de pessoal, por exemplo, pelo vereador Kleber Silva (Novo), obteve como resposta: algo entorno de R$ 8 a R$ 10 milhões. Margem grande, hem?! Outra informação que “não se tinha” era sobre o número de servidores da saúde. A princípio, o contador disse não saber, depois lhe foi soprado “Mais ou menos 1.500” servidores.