Um homem publicou um relato nas redes sociais ao ser diagnosticado pela varíola dos macacos. Ao acreditar que estava com uma afta, João Pinheiro conta que a lesão na boca “nunca melhorava” e que em seguida, os sintomas evoluíram para cansaço e fadiga, febre leve e dor local.
“Comecei sentindo um cansaço/fadiga – que achei que era devido aos 45°C que tava (sic) fazendo onde eu estava”. Em seguida, ele relata que “surgiu uma afta. Só que essa afta não melhorava, só aumentava e então comecei a sentir os gânglios do meu pescoço incharem”, escreveu o jovem através do seu perfil do Twitter.
SINTOMAS: comecei sentindo um cansaço/fadiga – que achei que era devido aos 45°C que tava fazendo onde eu estava – e então surgiu uma afta. Só que essa afta não melhorava, só aumentava e então comecei a sentir os gânglios do meu pescoço incharem.
João Pinheiro
O advogado conta que decidiu ir ao hospital para investigar os sintomas e foi testado imediatamente para a monkeypox. E que após testar positivo, as dores pioraram e outras lesões apareceram.
“Tive algumas no rosto, mas já até saíram e não deixaram marcas. Porém, a ferida da boca valeu por todas as outras que eu poderia ter tido. Os médicos dizem que por ser numa mucosa as coisas ficam mais difíceis”, escreveu.
Ele conta que uma semana depois de começar com os sintomas a dor na boca aumentou e o local da lesão ficou inchada a ponto dele não conseguir comer. “A dor que consigo descrever é: vários cacos de vidro no meu lábio e um alicate apertando eles. É uma dor local porém neuropática, terrível, 10 de 10”, diz.
Nesta terça-feira, ele usou a plataforma pra dizer que está internado em uma unidade hospitalar. O advogado segue no 12º dia de sintoma e sendo medicado para a dor. ” Estou bem e agradeço pela imensa maioria de comentários positivos”, escreveu.
No relato, ele diz que não sabe como pegou já que teve contato íntimo com apenas uma pessoa durante a viagem, que não teve nenhum tipo de sintomas.
“Eu não sei como peguei, já que a única pessoa que tive relação íntima na viagem que fiz não teve nada”, relatou.
Além disso, João desabafou sobre o preconceito que os infectados pela varíola estão sofrendo: ele diz que os infectados estão sendo tratados como se fossem “pessoas sujas”.