Uma jovem de 25 anos foi morta com ao menos dez facadas no bairro Cardoso, na região do Barreiro, na tarde desta quinta-feira (4). Conforme informações da Polícia Militar (PM), o suspeito de 29 anos, que é tatuador, discutiu com a vítima e, por não aceitar o término da relação, desferiu os golpes de faca contra ela. Ele fugiu em seguida. O crime ocorreu na rua Tubarão.
O tenente Rafael Borges, da PM, foi um dos que atenderam a ocorrência e conta que encontraram a vítima caída no chão, agonizando, com várias facadas.
“Levamos ela para o Hospital Júlia Kubitschek, mas ela morreu pouco antes de dar entrada na unidade. De acordo com os familiares da vítima, o homem queria reatar o relacionamento, mas a jovem não quis. Inconformado, ele esperou uma oportunidade, entrou na casa dela e a atacou. O irmão mais novo da vítima estava em casa, tentou lutar com o homem e foi esfaqueado superficialmente diversas vezes”, disse o militar.
Ainda conforme o registro da polícia, o suspeito, que estava vivendo nos Estados Unidos, foi até a casa dos avós no bairro Betânia, onde ficava quando estava em BH, instantes após o crime. Lá, ele teria pegado uma muda de roupas e disse aos familiares que se mataria, ainda conforme a PM.
Apesar disso, ele não foi localizado e a polícia segue fazendo buscas, já que ele pode, na realidade, estar fugindo. Como ele vivia nos Estados Unidos, aeroportos estão sendo monitorados. Ele também tem parentes em Governador Valadares, no Rio Doce, e, por isso, rodoviárias também já foram avisadas.
Vítima foi agredida no dia anterior
Segundo informações apuradas por O TEMPO com uma fonte ligada à investigação da Polícia Civil, na noite de quarta-feira (4) a jovem foi agredida pelo suspeito, tendo, inclusive, solicitado uma medida protetiva contra o homem.
Depois das agressões, ele teria ido para o bairro Prado, na região Oeste da capital mineira, onde dormiu na casa de um amigo que, assim como ele, seria tatuador. Hoje, por volta das 11h, ele foi embora do local e, em seguida, cometeu o feminicídio.
“Ele morava no exterior, mas sempre voltava para BH, passava um mês fazendo cursos de tatuagem, e voltava para os Estados Unidos. Este amigo que abrigou ele não sabia da agressão e nem esperava que ele fosse cometer o crime depois”, detalhou o policial civil, que preferiu não ser identificado.
*Fonte: O Tempo