O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se reuniu com representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros nesta terça-feira, 22, para tratar da paralisação das forças de segurança no estado. Por meio de nota, o governo mineiro disse estar “aberto ao diálogo” por reconhecer que “o assunto é uma prioridade”.
“O Governo entende que o assunto é prioridade e reforça que se mantém aberto ao diálogo por reconhecer a necessidade da recomposição salarial das forças de segurança e de todas as categorias do funcionalismo estadual, pautado por critérios de responsabilidade e previsibilidade fiscal”, diz em comunicado enviado ao portal BHAZ.
Além do governador e dos chefes das forças de segurança, também participaram da reunião no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) o secretário de Governo, Igor Eto, a secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, e o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco.
Ainda segundo o governo, “novos encontros internos estão previstos ao longo da semana, na agenda do governador e dos secretários, para tratar do tema tão importante para os mineiros”. Mais detalhes sobre a reunião não foram divulgados.
Lideranças se reúnem
No fim da tarde, o secretário de Justiça e Segurança Pública comentou o encontro. “Foram definidas agendas prioritárias para a resolução da questão da nossa recomposição salarial para os próximos dias”, informou Greco.
Paralelamente à reunião do Governo de Minas com os representantes das corporações, líderes sindicais das categorias também se reuniram ao longo do dia para definir diretrizes para a paralisação.
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas (Sindpol/MG) estabeleceu, durante um encontro na tarde de hoje, 22, orientações aos agentes das forças de segurança para os próximos dias de paralisação.
A entidade também criou uma cartilha com medidas a serem adotadas pelos policiais. Entre as orientações, estão a saída dos grupos “oficiais” de WhatsApp da categoria, a não utilização de recursos particular para atividades de trabalho, a denúncia de unidades em condições precárias e insalubres e a não utilização de viaturas em más condições de uso ou sem as devidas revisões e manutenções.
‘Não vamos abrir mão do percentual’
Representantes da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra/PMBM) também se encontraram nesta tarde para debater os rumos da paralisação. O presidente da entidade, sargento da PM Marco Antônio Bahia Silva, disse que a classe não abre mão da tabela de reajustes que foi acordada com o governo.
“Tivemos uma reunião com os comandantes gerais da PM e dos bombeiros. O governo sinaliza que vai haver nos próximos dias uma tratativa para recompor a nossa perda inflacionária, mas ainda não falou a data e nem o percentual e se é em cima da tabela que nós já havíamos definido. A gente não vai abrir mão do percentual, que são os 24% que a gente havia acordado com o governo”, disse ele.
A entidade explica que o acordo foi registrado em ata e estabelece o pagamento em três parcelas, das quais apenas a primeira, de 13%, foi paga. “As outras duas, de 12% cada, previstas para setembro de 2021 e 2022, foram vetadas pelo Governador”.
Fonte: BHAZ