Um homem de 33 anos que residia em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, morreu em decorrência da varíola dos macacos no sábado (22). Ele tinha comorbidade e estava internado em Belo Horizonte.
O Ministério da Saúde confirmou hoje (25) que o óbito decorreu da condição e, com isso, sobe para oito o número de mortes por varíola dos macacos no Brasil. Já a SES-MG (Secretaria de Saúde de Minas Gerais) informa que há a suspeita de uma quarta morte pela varíola, mas ainda em investigação.
Até o momento, o país registra 9.026 casos confirmados da doença.
Varíola dos macacos
Em setembro deste ano, a varíola dos macacos passou a fazer parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública. Ou seja, todo e qualquer diagnóstico, positivo, negativo ou inconclusivo, deve ser notificado ao Ministério da Saúde imediatamente, em até 24 horas.
Segundo o Ministério da Saúde, testes podem ser feitos em 31 laboratórios de referência, sendo os 27 Laboratório Central de Saúde Pública (Lacens) dos estados, além dos laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fiocruz no Rio de Janeiro, da Fiocruz no Amazonas e do Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém (PA).
Em Minas, o centro de testagens fica localizado no Instituto Octávio Magalhães, da Fundação Ezequiel Dias, na região Oeste de Belo Horizonte. A primeira morte registrada em BH foi notificada ainda em julho.
Testagem
O teste é capaz de detectar o material genético do vírus na amostra colhida de cada indivíduo. Para isso, ela deve ser coletada, preferencialmente, a partir da secreção das lesões que aparecem pelo corpo. Quando estas já estão secas, as crostas podem ser retiradas e encaminhadas ao laboratório.
Quem testou positivo deve cumprir isolamento até desaparecimento das feridas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste. Para os pacientes graves, o Ministério da Saúde disponibiliza 12 tratamentos e segue em tratativas para aquisições de outros antivirais.