Leandro Pereira, que faz uma criança de sete anos e um jovem de 23 reféns desde a noite de ontem (21) no Parque São Pedro, em BH, foi condenado e preso por matar uma ex-companheira em 2008. Ele cumpriu oito anos, da pena de 14 anos, em regime fechado.
Em nota ao BHAZ, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais) confirma que Leandro ficou preso de 26 de junho de 2008. Em 2 de maio de 2011, foi condenado a 14 anos e continuou preso.
Já em 16 de junho de 2016, foi para o regime domiciliar e ficou nessa condição até novembro daquele mesmo ano, quando obteve livramento condicional. A pena foi cumprida em 11 de fevereiro de 2022.
Na época, o crime chocou e teve grande repercussão pela crueldade. Após asfixiar a ex-namorada, ele teria tirado as roupas dela e colocado um rato na boca da vítima.
Em áudio acessado pelo BHAZ na manhã desta quinta (22), o próprio Leandro comenta sobre ter ficado preso por oito anos.
“Já falei com a polícia. Eu tô de ‘cão’ aqui, com uma visão geral da casa. Manda a [mãe da criança] vir aqui, ela vai subir e eu vou liberar [a criança] que ela vai conversar comigo”, disse na gravação, que foi enviada ao pai do menor.
Em coletiva de imprensa na manhã de hoje, a porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, Major Layla Brunnela, falou sobre o crime de 2008. “Fim de relacionamento que ele não aceitou. Torturou e colocou animais peçonhentos na boca da ex-mulher. Foi com requintes de crueldade”, disse.
O sequestro
Um criança de 7 anos e jovem de 23 são mantidos reféns por um homem armado, no bairro Parque São Pedro, na região Norte de BH, desde às 18h de ontem (21).
De acordo com a Polícia Militar, Leandro Pereira, de 39 anos, era companheiro da mãe da criança. Ele exige a presença da mulher no imóvel para libertar os reféns, na rua Domingos Grosso.
O Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e outras equipes locais tentam negociar desde o início da noite de ontem. A mãe da criança, que é prima de primeiro grau de Leandro, está em atendimento médico e não se encontra no local.
“A situação está chegando a ficar crítica, ele está muito alterado. Já passa de 12 horas, esse processo de negociação, e isso precisa evoluir. O Bope está em contato, essa negociação não parou durante toda a madrugada”, disse a major Layla Brunella, porta-voz da PM em Minas em coletiva de imprensa nesta quinta.