Petrobras também anunciou na quinta-feira, 10, que a gasolina vai ficar quase 19% mais cara
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou em entrevista ao jornal Folha de São Paulo na manhã desta sexta-feira, 11, que mesmo com a alta de quase 25% no preço do diesel anunciada pela Petrobras (PETR4) na tarde de quinta-feira, 10, ele não vê risco de greve por parte dos caminhoneiros.
Tarcísio disse que recebeu questionamentos por parte da categoria, que está preocupada com as altas.
“Nas conversas, embora muito preocupados com o aumento, tenho percebido que eles estão entendendo o impacto da guerra. E estão percebendo também o esforço feito pelo Congresso em mudar a tributação e pelo governo, em termos de estudo para amenizar o aumento”, declarou ao jornal.
Ainda assim, o ministro disse que como existe esta compreensão, ele “não vislumbra risco de paralisação”.
Greve dos Caminhoneiros
Em entrevista ao Money Times, Wallace Landim, conhecido como Chorão, afirmou que a possibilidade de uma paralisação não está sendo considerada, pelo menos por ora.
Ele é uma das principais lideranças da greve dos caminhoneiros de 2018, além de presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
“Não vou ficar inflamando a categoria com um problema que é de todos. A população precisa se mobilizar. Neste exato momento, precisa partir das classes baixa e média, porque elas precisam se movimentar. Os caminhoneiros vão novamente levantar uma pauta que é de toda sociedade?”, afirmou.
Para Chorão, a rodada de alta nos preços “não é um problema somente dos caminhoneiros”. A Petrobras também anunciou na quinta-feira, 10, que a gasolina vai ficar quase 19% mais cara.
Os reajustes vêm em meio à disparada do preço do barril do petróleo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, informou a empresa em nota.
*informações Money Times