O Ministério Público de Minas Gerais investiga 98 contas e grupos em redes sociais suspeitos de promoverem ou incentivarem ameaças de ataques a escolas. Dos perfis analisados, foi possível localizar 11 adolescentes responsáveis pelas postagens ameaçadoras ou instigadoras de violência no Instagram, Twitter e TikTok.
A ação foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber). O promotor de Justiça Mauro da Fonseca Ellovitch, coordenador do grupo, conta que os investigados já prestaram depoimento.
“Em 62% dos casos, essa identificação ocorreu em menos de 24h e o restante, em menos de 48h. Em todos os casos, foi acionado o protocolo de segurança para proteção às escolas em foco, para oitiva dos adolescentes e para colheita de provas no local dos fatos”, explica.
Ameaças se espalham nas redes
Desde o atentado que ocorreu a uma creche em Blumenau, no Espírito Santo, se proliferaram postagens em redes sociais contendo ameaças de novos ataques a escolas que supostamente seriam realizados no dia 20 de abril, data na qual ocorreu o chamado “Massacre de Columbine”, de 1999.
Segundo ele, a integração entre o Ministério Público, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Secretaria de Educação e os órgãos de apoio à criança e ao adolescente foi essencial para evitar a ocorrência de episódios de violência no dia 20.
“A atuação permanecerá em novas ações para continuar proporcionando segurança a alunos, pais, professores e funcionários de escolas”, afirma.
Poços de Caldas
Em Poços de Caldas, no Sul de Minas, a Polícia Civil realizou mandado de busca e apreensão, na sexta-feira (14), de adolescentes envolvidos com nas ameaças. Celulares e computadores apreendidos durante a operação serão alvo de perícia técnica e investigações.