Postulante ao segundo mandato e prefeito de Belo Horizonte lideram sondagem eleitoral sobre a corrida rumo ao Palácio Tiradentes; Janones e Viana vêm logo atrás
Candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo) tem 46,8% das intenções de voto na disputa pelo governo de Minas Gerais. Tido como possível oponente dele, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), soma 17,4%. Os números compõem pesquisa encomendada pelo Estado de Minas à F5 Atualiza Dados. O levantamento foi divulgado neste domingo (20/2).
Em terceiro lugar, aparece o deputado federal André Janones (Avante), com 7,3%. Ele é seguido pelo senador Carlos Viana, pré-candidato do MDB ao Palácio Tiradentes, que dispõe de 3,7%.
Os índices são do cenário estimulado, em que os eleitores opinam sobre uma lista de potenciais candidatos apresentada pelos pesquisadores. Indecisos são 13,6%. Nove e meio por cento dos participantes afirmaram ter pretensão de votar nulo ou em branco; 1,7% optaram por não responder.
Na sondagem espontânea, em que os cidadãos podem opinar livremente sobre o político preferido para ocupar o governo, Zema recebeu 21,4% das menções, ante 3,8% de Kalil.
Nesse levantamento, Janones aparece com 1,4%. Carlos Viana também foi citado, mas não chegou a 1%. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), e os deputados federais Aécio Neves (PSDB) e Áurea Carolina (PSOL) também não atingiram um ponto.
Chama a atenção, porém, o número de indecisos na pesquisa espontânea: 49,4%. Eles se somam aos 10,5% que não quiseram responder e aos 12,5% que manifestaram, de cara, a intenção de anular o voto.
Polarização deve dar o tom em Minas Gerais
Para construir o levantamento, a F5 dividiu o estado em 13 regiões. Moradores de todas elas estão representados na pesquisa, conforme o tamanho e a importância das áreas. O diretor-executivo do instituto, Domilson Coelho, diz que os números reforçam o bom desempenho de Kalil na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e o predomínio de Zema interior afora.
Segundo ele, a polarização entre o político do Novo e o pessedista parece consolidada. “Não vejo espaço para uma terceira via. Não há mais tempo para isso. O tempo passou, mas não surgiu um nome que consiga desfazer a polarização”, pontua ele, graduado em Administração Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e pós-graduado em Ciência Política.
Para Domilson, Kalil pode buscar os votos dos indecisos e dos que, neste momento, não têm candidato — na cena espontânea, os eleitores em dúvida, que pretendem anular ou que não responderam são, juntos, quase 25% do total de entrevistados. O especialista crê que uma eventual aproximação do prefeito belo-horizontino a Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à presidência da República, deve ajudar.
“Ninguém colocou o carro na rua. As articulações ainda são internas, nos bastidores. Tem muita coisa para acontecer”, ressalta.
A pesquisa
A primeira sondagem eleitoral feita por F5/EM em 2022 coletou opiniões de 1.560 eleitores entre os dias 14 e 17 deste mês. As entrevistas foram feitas por telefone. O nível de confiança dos resultados obtidos é de 95%. A margem de erro é de 2,5%, para mais ou para menos.
O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o número MG-08290/2022.
*Fonte: Estado de Minas