Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e o Sarampo vai até 3 de junho. Imunização para grupos específicos ocorre em todo o país
Do portal Metrópoles –
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, que provoca febre, tosse persistente, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas no corpo. Nos casos mais graves, pode resultar em pneumonia, doenças neurológicas e até mesmo morte.
A vacina é a melhor forma de prevenção contra o sarampo. Apenas duas doses na infância são suficientes para garantir proteção para o resto da vida.
O Ministério da Saúde lançou, neste mês, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e o Sarampo. No caso desta enfermidade, a aplicação de vacinas está voltada para a imunização dos trabalhadores da saúde e de crianças com idades entre 6 meses e 5 anos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias).
Mesmo adultos que não sabem se foram vacinados na infância contra o sarampo devem tomar nova dose. O médico Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirma que a dose a mais não traz riscos para as pessoas que não têm certeza se tomaram o esquema completo.
“Caso não tenha o seu cartão vacinação ou não lembre se tomou essa vacina na infância, vale a pena tomar mais uma dose”, sugere Kfouri.
Aumento de casos de sarampo
Até meados de 2016, o Brasil era referência no controle do sarampo. O país chegou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de erradicação da doença.
A volta na circulação do vírus ocorreu após dois surtos: com a entrada pelo Norte do país, entre 2016 e 2017; e em 2018, por São Paulo.
A infectologista Ana Helena Germoglio avalia que, durante a pandemia de Covid-19, a cobertura vacinal de várias doenças caiu por causa do receio da população em ir aos postos de saúde. Segundo a especialista, é muito importante que os pais regularizem os cartões de vacinação dos filhos agora. “Neste momento, temos um cenário melhor da pandemia, precisamos correr atrás do prejuízo”, ressalta a profissional.