Problemas financeiros e falta de médicos e enfermeiras obrigaram hospital a adotar medidas extremas
Conforme a reportagem do Alô Poços vem noticiando, a saúde do Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, não anda bem há considerável tempo. Vale lembrar que, no ano passado, a unidade de saúde acumulou prejuízo da ordem de R$5,5 milhões, conforme demonstrado na reportagem [santa-casa-acumula-prejuizo-superior-a-r-5-milhoes-em-2021-e-contas-sao-analisadas/].
Além da evidente dificuldade financeira, a reportagem do Alô Poços também já destacou as falta de profissionais, como médicos e enfermeiras, o que representa considerável risco ao atendimento dos pacientes, sobrecarregando os profissionais que permanecem em atividade no hospital [santa-casa-de-pocos-de-caldas-a-caminho-do-cti/].
Agora, para manter o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a Superintendência da Santa Casa determinou a paralisação dos atendimentos aos pacientes de convênios médicos, com o fechamento da ala com 14 leitos que era dedica aos convênios e particulares.
A Irmandade tenha buscar ajuda e a Prefeitura de Poços de Caldas fez um aporte emergencial da ordem de R$ 2 milhões ao hospital.
Na última terça-feira (02), quando o secretário Municipal de Saúde, Carlos Mosconi, atendendo à convocação feita pelos vereadores para dar explicações sobre a falta de leitos hospitalares na cidade, dentre outros esclarecimentos, ele abordou a situação difícil pela qual a Santa Casa está passando. “A Santa Casa não está mais aceitando transferências de pacientes, porque ela tem um problema interno que envolvem problemas administrativos, financeiros, falta de funcionários. Naturalmente é uma preocupação grande para nós”, salientou enfatizando que tais problemas se agravaram ainda mais quando se registra a falta de profissionais.
“Um cirurgião plástico foi embora, pediu demissão. Outros cirurgiões, outros médicos de outras especialidades saíram. A Santa Casa não está recebendo, hoje, nenhum paciente da UPA [Unidade de Pronto Atendimento], nenhum paciente de lugar nenhum. Nem particular que chega lá consegue entrar”, afirmou o secretário.
Mosconi destacou que o Município tenta ajudar e, recentemente, quitou uma dívida de R$ 2 milhões que o hospital tinha com os médicos e busca, junto à Assessoria Jurídica, outras formas de amenizar a situação do hospital. “Nós estamos procurando aqui dentro, no nosso departamento financeiro, naturalmente com o apoio da Prefeitura, e também dentro do nosso departamento jurídico, o que nós podemos fazer para minimizar, ou tentar buscar solução a esse problema. Com o objetivo de que a Santa Casa não pare de internar pacientes do SUS, que ela receba os pacientes do SUS, que os pacientes da UPA possam ser transferidos, assim como os pacientes do [Hospital Municipal] ‘Margarita Morales’ também possam ser transferidos para lá”, assegurou.