Valdemar havia prometido dar R$ 2 milhões do fundo partidário para políticos do PL, mas a quantia terá de ser repartida com bolsonaristas
A filiação de Bolsonaro ao PL e a migração de seguidores do presidente para o partido provocou nova confusão entre Valdemar da Costa Neto, o chefe do PL, e os deputados federais de São Paulo. O motivo da encrenca está na divisão do fundo partidário entre os políticos com mandato e os bolsonaristas que entrarão na sigla.
Valdemar havia feito um acordo para distribuir cerca de R$ 2 milhões do fundo partidário para os oitos deputados da bancada do PL e para mais dois políticos de confiança que estão sem mandato. Com a entrada de bolsonaristas para disputar a eleição em São Paulo, Valdemar precisará refazer os cálculos para repartir essa quantia entre todos.
O PL espera que Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Coronel Tadeu consigam se reeleger no estado com ampla votação.
O partido também deve dar destaque para as candidaturas à Câmara de Frederico d’Ávila, hoje deputado estadual pelo PSL, do Tenente Mosart Aragão, assessor especial de Bolsonaro, e do coronel da reserva Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, que preside a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Há ainda uma indefinição sobre o deputado Luiz Philippe O. Bragança, cortejado pelo PTB para disputar o Senado, e sobre o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que não definiu para qual cargo se candidatará.
Além da repartição do fundo para os deputados, o PL terá de se organizar para investir na candidatura de Bolsonaro e no lançamento de uma chapa para concorrer ao governo de São Paulo. O partido iria apoiar Rodrigo Garcia, mas o presidente insiste em ter o ministro Tarcísio de Freitas como candidato.
Se a conta não fechar, Valdemar fatalmente presenciará a saída de alguns nomes da legenda.