Unidade educacional é investigada pela Polícia Civil por maus-tratos
As imagens mostram dois bebês, que aparentam ser de colo, sentados em cadeirinhas no chão do banheiro, embaixo de uma pia. Próximo a eles, há um vaso sanitário. Durante todo o registro, as crianças choram e aparentam estar imobilizadas.
Sequelas
Segundo o g1, uma mãe identificou seu filho de quase 02 anos nas gravações que viralizaram. Ela contou ao portal que, no primeiro vídeo, ele estava em um banheiro com mais quatro crianças amarradas. Já no segundo, estava chorando com mais três bebês em uma sala escura.
“Vem apresentando um nervosismo intenso, dificuldade para dormir, ele chora quando vamos colocar ele na cadeirinha do carro”, disse a mulher. De acordo com ela, o bebê estava na instituição desde os 11 meses. Em posse das informações, a mãe percebe agora que as sequelas são consequência do tratamento que recebia na escola.
Outra mãe, de uma menina de um ano e quatro meses, relatou que algumas professoras contaram que as crianças passavam “o dia todo de castigo na sala da diretora” e que “as crianças que estavam fazendo desfralde ficavam trancadas no banheiro por horas”.
Investigação
Uma imagem da fachada do colégio infantil mostra que os portões estavam cobertos com tinta. Antes disso, pessoas picharam os portões com os dizeres “maus-tratos”, “crime”, “justiça”, “neonazistas”, “desumano”, entre outras mensagens.
Em nota enviada ao BHAZ (leia abaixo na íntegra), a Polícia Civil informou que os envolvidos participam de oitivas no momento. A ocorrência está sendo investigada pela corporação, e “mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, diz um trecho do comunicado sobre o caso.
A reportagem tentou entrar em contato diversas vezes com a Escola Colmeia Mágica, que é investigada por maus-tratos, mas ainda não obteve retorno. Caso a instituição de ensino infantil se manifeste, esta matéria será atualizada.
Nota
“A Polícia Civil informa que os fatos citados são alvo de investigação pela instituição. Diligências e oitivas estão em andamento. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.”
*informações BHAZ