Catadores de recicláveis afirmam que estão sem de onde tirar seu sustento e que não querem esmola ou bolsa auxílio
Na manhã desta segunda-feira (18), trabalhadores e trabalhadoras que atuavam na coleta de materiais recicláveis no aterro controlado da Prefeitura de Poços de Caldas, município do Sul de Minas Gerais, não puderam entrar no local devido as atividades de transbordo ter sido iniciado e todo material será levado para o aterro sanitário de Casa Branca (SP). [leia mais sobre o transbordo acessando prefeitura-tem-que-acabar-com-o-lixao-e-gerir-residuos-solidos/]
Sem ter de onde tirar o sustento, representantes das cerca de 40 famílias que viviam dos materiais recicláveis coletados no aterro controlado, na zona Sul de Poços de Caldas, foram até a Câmara de Vereadores em busca de ajuda.
No início da tarde, acompanhada pelos vereadores Diney Lenon (PT) e Tiago Braz (Rede), a comitiva foi até a porta da Prefeitura. A intenção era ser recebida pelo prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) para ressaltar o estado precário que passarão sem ter de onde buscar recursos para manter as famílias.
A comitiva acabou sendo recebida pelo secretário Municipal de Serviços Públicos, Antônio Donizetti Albino, por uma representante da Secretaria Municipal de Promoção e um representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet).
De acordo com informações, não houve pontuação concreta que pudesse acalmar os trabalhadores e as trabalhadoras. A Promoção Social está fazendo o levantamento das famílias com vistas ao Cadastro Único ou sua atualização. A Sedet ressaltou que novas empresas logo iniciam atividade na cidade, mas, não apresentou nenhum projeto específico ou garantia de aproveitamento dessa mão de obra, bem como, não houve algo de concreto sobre a situação por parte do secretário de Serviços Públicos.
Durante o encontro foi solicitado ao secretário que levasse ao prefeito a reivindicação de indenização às famílias, apresentada pelos vereadores Diney Lenon e Tiago Braz.
Representante das famílias enfatiza que eles não querem esmola, não querem bolsa auxílio, nem Bolsa Brasil. O desejo de todos é ter o direito de trabalhar e ganhar o seu próprio sustento.
Assista ao vídeo: